Renovação de Luan com o Grêmio trava em diferença de R$ 18 milhões
A renovação de Luan com o Grêmio ainda não foi assinada e agora o entrave é a multa rescisória. Depois de acertar tempo de contrato, salário e cláusulas de desempenho, as partes divergem sobre o valor que libera automaticamente o jogador em caso de interesse do exterior. A diferença entre os valores da multa gira em torno de R$ 18,4 milhões.
O Grêmio quer multa rescisória de 25 milhões de euros (R$ 92,8 milhões na cotação atual). O estafe de Luan, por sua vez, deseja reduzir o valor para 20 milhões de euros (R$ 74,2 milhões).
O Tricolor detém 70% dos direitos econômicos de Luan e, mesmo com a renovação, seguirá com este percentual - o restante está dividido entre o atleta e investidores.
Nas últimas semanas, clube e Luan avançaram em acordo pela renovação até o fim de 2019. Um robusto aumento salarial foi acertado, assim como cláusulas de bonificação por metas, mas resta o acordo sobre a multa rescisória.
Apesar da diferença, as partes seguem confiantes em uma ampliação de vínculo. As tratativas se iniciaram em fevereiro e já estiveram estagnadas por mais tempo, com avanços posteriores em ‘temas relevantes’. O fato de outros itens do novo contrato terem sido superados gera otimismo para um acerto final.
Titular do Grêmio desde 2015, Luan não está nem entre os cinco jogadores mais bem pagos do elenco sob o atual contrato. Artilheiro do time na temporada passada e um dos goleadores neste ano, o camisa 7 também é o maior ativo do clube junto ao mercado da bola.
Na virada de 2016 para 2017, o Grêmio até admitiu que poderia negociar Luan. A janela de inverno na Europa, com seus negócios sem tantos recursos, no entanto, não ajudou. Agora, a previsão é que cheguem ofertas pelo jogador. Leicester, Barcelona, Sevilla, Valencia e times da Itália e da China seguiram de perto a situação do jogador em momentos distintos.
O orçamento do Grêmio prevê mais R$ 40 milhões em transferências de jogadores neste ano. Até aqui, o clube arrecadou cerca de R$ 22 milhões com a ida de Walace para o Hamburgo, da Alemanha. Por isso, uma “grande venda” ainda é projetada pelos dirigentes.
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