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Carille admite dificuldade em controlar Cruzeiro e vê jogo mais duro do ano

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

15/06/2017 00h26


O Corinthians venceu mais uma vez no Brasileirão, mas enfrentou muitas dificuldades diante do Cruzeiro de Mano Menezes. O jogo terminou em 1 a 0 na Arena, e Fábio Carille viu como a partida mais difícil em sete rodadas do Brasileirão.

"Foi o jogo mais difícil que tivemos pelas circunstâncias do jogo. Temos outras equipes qualificadas que pegamos, como Palmeiras, São Paulo. Não controlamos como nos outros jogos, de ficar com a bola", frisou Carille. Ele elogiou a defesa.

"Todo time tem de saber sofrer. Procurar fechar a casinha ali mesmo e saber ser pressionado. Fomos melhores no primeiro e pior no segundo", acrescentou.

Carille disse que rapidamente cobrou os atletas para controlar mais a posse de bola nos próximos jogos, sobretudo quando tiver a vantagem do placar. "Entregamos a bola muito rápido. Clayson, duas vezes, tentou terminar a jogada e entregou a bola rápida ao adversário. A primeira coisa que fechamos ali no vestiário foi isso, de saber a hora de acelerar. Com sequência de jogos, vamos procurar ficar com a bola. Se a equipe não consegue se posicionar, entrega a bola e o adversário cresce", afirmou.

O treinador também entendeu com normalidade a pressão do Cruzeiro e ressaltou o fato de vencer. "Para título, a gente busca sempre equilíbrio, trabalhar com 70 por cento de aproveitamento o ano inteiro. Rendimento não, foi o jogo que sofremos mais. O restante tivemos controle legal, sabendo o que queríamos. Não vai jogar bem 38 rodadas. Mas é isso. Não vou pensar muito em invencibilidade, título, essas coisas. Vou trazer a importância do próximo jogo", disse Carille.

Ele negou, porém, que a relação com Mano Menezes, treinador adversário, possa explicar alguma dificuldade. “Não acredito que ter trabalhado ajuda no futebol. Hoje as imagens estão aí, é tudo claro. É muito rápido e fácil de saber a ideia de cada time. Sei as ideias dele, ele sabe as minhas, mas é pouco para resolver o jogo”.

Confira mais respostas de Carille:

JADSON COM DORES NOS ÚLTIMOS JOGOS
A questão do Jadson é clara. Hoje foi o primeiro jogo que ele jogou sem dor. Dificilmente vocês vão me ver reclamando. Estamos aqui para resolver problemas. Três jogos muito difíceis.

FORÇA DO GRUPO
Alguns vão machucar, pode acontecer convocação ali na frente, mas temos elenco equilibrado que pode dar resposta. 

SEM PENSAR NA FRENTE
Perguntas sobre título vão acontecer. Normal a pergunta. Continuamos com os pés no chão, jogo a jogo, começamos a pensar no Coritiba agora.

ALTA POSSE DE BOLA NO PRIMEIRO TEMPO
O time trabalha a bola de um lado, está fechado, quer colocar ali e não é o momento. Se fecha de um lado, pode ter certeza o outro lado vai dar campo. A posse de bola no campo do Cruzeiro me deixa feliz.

BAIXAS?
A janela preocupa todos. A diretoria vai trabalhar muito para não sair ninguém agora e definir a situação do Pablo. Sei que é difícil, mas a diretoria trabalha bastante. Se perder um ou dois, a gente consegue sustentar. Se perder cinco ou seis, é complicado.

TIME NÃO SAI ATRÁS HÁ 18 JOGOS
Vai ter jogo que vamos sair atrás e ainda é uma expectativa para saber como vai reagir. Tem que passar por esses processos, passamos com Vasco que empatou no início e vieram para cima. Me perguntei, como minha equipe vai se comportar? Continuou focado no jogo. Depois posso buscar a porcentagem de vitórias da equipe que sai ganhando, mas ela é muito alta. Facilita sim bastante que o adversário tem que se atirar e sabemos fazer muito bem o jogo de deixar o adversário com a bola.

PATRIOTAS, RIVAL DA SUL-AMERICANA
A preparação é a mesma. Vamos conseguir imagens de lá, profissionais vão lá acompanhar jogo, porque temos que saber com quem vamos guerrear. Não sabia o rival, mas estava torcendo por uma equipe do Brasil, de coração, para ficar aqui, para evitar isso de viajar.