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Inter consegue parcelar pagamento e encerra 'caso Victor Ramos' no STJD

Inscrição do zagueiro Victor Ramos causou polêmica no Brasileirão do ano passado - Divulgação/EC Vitória
Inscrição do zagueiro Victor Ramos causou polêmica no Brasileirão do ano passado Imagem: Divulgação/EC Vitória

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

26/06/2017 11h03

O Internacional conseguiu parcelar o pagamento de R$ 810 mil (R$ 720 mil ao clube e R$ 90 mil ao ex-presidente Vitório Píffero) aplicados como multa no julgamento do 'caso Victor Ramos'. Com o aval do STJD o clube dá por encerrado o caso.

No Tribunal, o Colorado foi punido com pagamento de R$ 720 mil por conta do uso de e-mails adulterados no processo. O julgamento, em primeira instância, ocorreu no começo do mês.

Já o ex-presidente Vitório Píffero teve imposta pena de afastamento de qualquer função no futebol pelo prazo de 555 dias e mais uma multa de R$ 90 mil, valor que foi pago pelo Inter, já que o dirigente presidia o clube na época.

A direção do Internacional optou por não recorrer e negociou com a CBF o parcelamento do valor em oito prestações mensais. A reportagem do UOL Esporte confirmou que o STJD acatou o pedido e os pagamentos iniciam no próximo mês. A primeira parcela de R$ 110 mil, as demais de R$ 100 mil. A procuradoria, a exemplo do Inter, também decidiu não recorrer da decisão, encerrando o caso.

Entenda o caso

O Internacional entendia que a inscrição do atleta Victor Ramos, pelo Vitória, era irregular. O jogador pertencia ao Monterrey, do México, e foi emprestado ao Palmeiras e posteriormente ao Rubro-Negro. E a segunda negociação ocorreu fora do período de transações internacionais.

Na ótica vermelha, o clube deveria perder pontos, acabando rebaixado à Série B. Na avaliação da CBF, validada pelo STJD, como a documentação de transferência não retornou ao país de origem, a segunda negociação também foi doméstica e sem a necessidade de respeitar a janela de transferências.

Em sua sustentação no processo, o Internacional anexou mails trocados pelo diretor de registros da CBF, Reynaldo Buzzoni, e o diretor do Vitória na ocasião, Anderson Barros. Os documentos chegaram ao Colorado através de um advogado e de um empresário. E não eram exatamente os mesmos enviados pela CBF ao clube baiano.

Após meses de inquérito, o relatório apontou irregularidades, mesmo que a adulteração não tenha sido feita pelo Inter, mas pelo empresário de Ramos na época, Francisco Godoy, com objetivo de facilitar a compreensão do Monterrey, do México. Em seguida, o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, efetuou a denúncia do Inter, que foi julgado e punido. Entre as punições aplicáveis havia a expulsão da Série B ou mesmo ser impedido de realizar transferências por um determinado prazo. Contudo o clube escapou das penas mais rígidas, sendo apenas multado.