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Patrocínio do Barça tem origem na Copa do Qatar, diz relatório da Fifa

Daniel Ochoa de Olza/AP
Imagem: Daniel Ochoa de Olza/AP

Do UOL, no Rio

28/06/2017 04h00

A negociação de patrocínio para a camisa do Barcelona ocorreu em paralelo à candidatura do Qatar-2022, como mostrou relatório da Fifa sobre a escolha das Copas do Mundo. No mesmo período, o então presidente do time catalão Sandro Rosell prestava serviço para o comitê de candidatura em atuação que esteve sob investigação. O patrocínio do time catalão, no entanto, não teve nada de irregular de acordo com o documento da federação internacional.

Rosell era consultor da candidatura do Qatar-2022 em vários períodos, de forma formal e informal, segundo o relatório. O seu cargo lhe rendia € 2 mil por dia de trabalho. Sua atuação foi controversa pelas ligações com o membro do Comitê Executivo Ricardo Teixeira e com amistosos da seleção.

Em 2010, em dezembro, pouco após a votação da escolha da sede, o Barcelona anunciou seu primeiro patrocínio de camisa com a empresa Qatar Investments que representa as principais empresas do país.

Hassan al-Thawadi - Karim Jaafar/AFP - Karim Jaafar/AFP
Hassan al-Thawadi
Imagem: Karim Jaafar/AFP

"Dirigentes do Qatar-2022 Hassan Al-Thawadi e Andreas Bleicher participaram diretamente em negociações entre Qatar Sports Investiments, que representava as maiores entidades do Qatar, e o clube de futebol Barcelona que resultaram em um contrato de cinco anos de investimento e patrocínio. O acordo foi anunciado em 10 de dezembro de 2010, logo após a fase de votação da Copa do Mundo"; explica o relatório.

O patrocínio causou controvérsia porque era a primeira vez que o Barcelona usaria uma marca de empresa em sua camisa. As viagens à cidade espanhola para acertar o patrocínio foram feitas em organização do comitê de candidatura.

O relatório ainda cita a participação de Pep Guardiola, então técnico do time catalão, como embaixador da candidatura do Qatar. Ao final, no entanto, o relatório da Fifa indica que não houve relação entre o contrato de patrocínio do Barcelona ou a atuação do técnico para a votação para a Copa.

Em outro trecho, o relatório diz que houve também uma negociação com dirigentes do Real Madrid com as autoridades qataris para patrocínios e investimentos. Mas a conclusão é de que não era um negócio relacionado ao clube, e não havia ligação com a candidatura do Qatar-2022.