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Peter fiador e moeda de troca 'impossível': contrato de Dourado com o Flu

Henrique Dourado é o artilheiro do Campeonato Brasileiro - Nelson Perez / Flickr do Fluminense
Henrique Dourado é o artilheiro do Campeonato Brasileiro Imagem: Nelson Perez / Flickr do Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/06/2017 04h00

Contestado quando teve sua contratação oficializada, Henrique Dourado vem justificando os R$ 6,6 milhões investidos em sua chegada nas Laranjeiras. Só que o contrato do artilheiro com o Tricolor, que tem validade até 2020, apresenta algumas particularidades.

O documento, que foi inicialmente revelado pelo "Net Flu" e obtido pelo UOL Esporte, contém uma cláusula que praticamente inviabiliza o Ceifador como uma moeda de troca. Pelo contrato, o Flu deve pagar ao Mirassol, agremiação que negociou o jogador, a quantia de 4 milhões de euros (R$ 15 milhões) caso ele seja trocado com um atleta de um outro clube. Este risco, no entanto, está afastado levando-se em conta clubes da Série A. Com dez jogos cumpridos, o camisa 9 já não pode mais se transferir para rivais neste ano. 

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Imagem: Reprodução

Nos seis itens da cláusula que trata sobre a participação do Mirassol no resultado financeiro de eventual futura transferência, está pactuado que o valor líquido auferido de uma possível transferência definitiva será dividido entre Flu e a equipe do interior paulista.

Chama a atenção, ainda que não seja uma ação ilegal, a participação do ex-presidente Peter Siemsen no negócio. Ainda no comando tricolor, o ex-dirigente assina como fiador do negócio. Ou seja, caem sobre ele todas as responsabilidades financeiras que não forem cumpridas pelo Flu.

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Imagem: Reprodução

E Siemsen já teve de responder judicialmente por conta de um atraso. Prevista para ser quitada em 5 de dezembro de 2016, a parcela final de R$ 2,6 milhões atrasou e o Fluminense só acertou recentemente o refinanciamento do débito, que teve um aumento de pouco menos de 10% por conta de juros e correção monetária. Procurado, Siemsen não respondeu.

Em entrevista ao UOL Esporte, o Ceifador revelou seu desejo de cumprir o seu vínculo com o Fluminense:

"A ideia é cumprir o contrato no Fluminense, estou muito feliz aqui e quero fazer minha história. Quero que fique uma imagem de um cara que deixou o seu legado, títulos, marcas e, acima de tudo, quero sair como um grande profissional. Tenho contrato, estou muito feliz e minha cabeça está aqui", disse ele

Com Dourado e o restante do elenco, o técnico Abel Braga comanda a última atividade antes da partida contra a Universidad Catolica de Quito, quinta-feira, 21h45, no Maracanã. Às 15h desta quinta, o grupo treina no CT Pedro Antonio.