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'Vocês vão ter que me engolir': Os bastidores da polêmica frase de Zagallo

Copa América 1997 - festa seleção - CBF/Divulgação - CBF/Divulgação
Imagem: CBF/Divulgação

Marcello De Vico e Vanderlei Lima

Do UOL, em Santos e São Paulo

29/06/2017 04h00

“Vocês vão ter que me engolir!”. Exatos vinte anos se passaram desde a histórica frase dita por Mário Jorge Lobo Zagallo, logo após a conquista da Copa América de 1997 – no dia 29 de junho a seleção brasileira vencia a anfitriã Bolívia pelo placar de 3 a 1. Um desabafo por toda pressão que vinha sofrendo da imprensa e um recado a dois jornalistas em especial: “Estavam fazendo uma onda muito grande para colocar o Luxemburgo no meu lugar, e partiu do [Juca] Kfouri e do Juarez Soares, e eu não podia falar nada, tinha que esperar acontecer, e aconteceu: o título veio, e aí eu dei uma explosão. Foi uma resposta indireta para eles”, recorda Zagallo, hoje aos 85 anos, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

As críticas a Zagallo vinham sendo acumuladas. Entre os principais motivos estavam a derrota por 4 a 2 em amistoso contra a Noruega, realizado no dia 30 de maio, a participação discreta no Torneio da França (torneio preparatório para a Copa do Mundo, disputado entre 3 e 11 de junho), vencido pela Inglaterra, e, quanto ao time em si, os problemas no setor defensivo, especialmente na zaga. Fora isso, a sombra de Vanderlei Luxemburgo, um dos principais treinadores brasileiros na época, perseguia-o – Luxa viria a assumir a seleção um ano depois.

Zagallo levanta a taça da Copa América conquistada pela seleção brasileira em 1997 - Jorge Araújo/Folhapress - Jorge Araújo/Folhapress
Imagem: Jorge Araújo/Folhapress
Desta forma, a vitória na Copa América serviu como resposta às críticas (e aos críticos). E que resposta. “Foi sensacional. Uma vitória lutada, no sangue, na raça, na vontade, daquele que ama o Brasil, não daqueles que repudiam”, acrescentou Zagallo assim que os repórteres Tino Marcos, da TV Globo, e Osvaldo Pascoal, então na TV Bandeirantes, foram em direção ao treinador para ouvir o que ele tinha para falar sobre o título, conquistado de forma invicta com seis vitórias em seis partidas – e um sonoro 7 a 0 sobre a seleção do Peru no jogo de semifinal.

Ao UOL Esporte, Mário Jorge Lobo Zagallo recorda que nunca quis tirar a situação a limpo, mas também não conversou mais com Juca Kfouri e Juarez Soares após aquela conquista. "Eu falei até com o filho do Kfouri, o André Kfouri: ‘Para o teu pai eu não dou entrevista, agora para você está aberto, não há problema nenhum porque o problema comigo foi com o teu pai e com o Juarez Soares”, diz o ex-treinador, que hoje já encara o episódio como superado. "Eu até falei que não comentaria mais sobre este assunto, que ia botar uma pedra nisso e esquecer de fato... Eu não falei com ninguém, estou falando a primeira vez contigo, e está superado", garante o "Velho Lobo".

Por outro lado, Zagallo não esconde a alegria por tudo que aconteceu. Não apenas pelo título em si, mas pela resposta que pôde dar com a conquista. "Marcou, marcou pelo lado bom, foi bom que nós ganhamos o título e eu só poderia chegar aonde cheguei porque nós ganhamos o título, senão eu não podia falar, eu tinha que esperar acontecer tudo para poder dar uma resposta".

COM A PALAVRA, OS ALVOS JUCA KFOURI E JUAREZ SOARES

Um dos ‘alvos’ de Zagallo no histórico desabafo, o jornalista Juca Kfouri nega que as críticas feitas ao então técnico da seleção brasileira tinham o intuito de derrubá-lo para a entrada de Vanderlei Luxemburgo. E justifica.

“Dois anos antes daquela Copa América, eu fiz uma coluna dizendo que via o Luxemburgo como substituto do Zagallo na seleção. Durante a Copa América, como a seleção não estava indo bem, fazíamos críticas ao desempenho da equipe e ele, provavelmente, achou que eu estava tentando derrubá-lo, lembrando daquela coluna escrita dois anos antes”, conta.

Juca Kfouri passou por algumas das redações mais importantes do país em sua carreira na comunicação - UOL - UOL
Imagem: UOL
“Mas, se parasse para pensar, veria que é uma bobagem, porque todos sabem como é a minha relação com a CBF. Uma das últimas pessoas que o presidente da CBF iria escutar seria eu. Então creio que foi uma bobagem do Zagallo pensar que eu conseguiria tirá-lo da seleção. Até porque também dá para concluir que o Luxemburgo não é uma das pessoas com quem tenho proximidade”, defende-se Juca Kfouri.

Juarez Soares lembra de todos os detalhes do entrevero entre os dois e conta como a relação entre ele e Zagallo começou a ficar desgastada. “A minha discussão com o Zagallo nasceu numa mesa redonda quando eu estava na TV Bandeirantes. Ele falou que nunca havia atendido a pedido de ninguém para escalar a seleção brasileira. Aí eu falei que ele só tinha obedecido a ordem do ex-presidente Médici em 1970 para que ele convocasse o Dario [Dadá Maravilha], e eu não esperava a reação do Zagallo porque eu estava em São Paulo, e ele no Rio, mas ele ficou muito nervoso, ficou muito irritado”, lembra.

“O Zagallo era um cara de responder qualquer coisa que a gente dissesse numa mesa redonda, numa discussão, o que eu acho até uma qualidade. E eu sempre achei, quando chegou um determinado momento, que o Zagallo tinha que ter deixado de ser o técnico da seleção brasileira, que o prazo dele na seleção tinha vencido, já tinha passado, era isso o que eu criticava sempre. Quem viria depois dele era um problema da CBF. Para mim, na época, eu realmente achava o Vanderlei Luxemburgo o melhor treinador do Brasil, como acho que até hoje ele está situado entre os maiores treinadores do futebol do Brasil”, acrescenta.

Juarez Soares, jornalista e comentarista da RedeTV! - Wayne Camargo / Divulgação RedeTV!  - Wayne Camargo / Divulgação RedeTV!
Imagem: Wayne Camargo / Divulgação RedeTV!
Juarez, porém, até se emociona ao lembrar-se do episódio ocorrido durante a Copa de 1998. Foi quando, segundo ele, os dois ficaram ‘de bem’ e as divergências ficaram para trás.

“Na Copa de 98, depois de uma coletiva, ele foi dar entrevista para o Antônio Petrin, que estava no SBT - uma das qualidades do Zagallo é que ele nunca negou entrevista para ninguém -, e eu estava ao lado do Petrin, e ele atravessou, veio em minha direção, e todo mundo ficou olhando, e ele deu a entrevista normal para o Petrin... Eu estava com uma das mãos que separa o entrevistado do jornalista, e eu fiquei até surpreso: o Zagalo pegou e segurou na minha mão e ficou dando a entrevista segurando na minha mão. E aquele gesto dele para mim encerrou o assunto, encerrou esse episódio que foi verdadeiro, que aconteceu, que teve repercussão, mas como ele deu uma entrevista segurando na minha mão eu olhei para ele - ele mais velho, o Brasil não estava bem na Copa - e falei: ‘poxa vida, isso foi uma maneira que ele teve de dizer: ‘e aí Juarez? Está tudo certo. O que você falou, falou, o que eu falei, falei’... Eu fiquei até comovido na época, e hoje desejo a ele que ele se recupere”, afirma.

REPÓRTER ACHOU QUE FRASE ERA PARA ELE. ZAGALLO NEGOU

Dentro de campo após o apito final, o então repórter da Rádio Bandeirantes, Ricardo Capriotti, chegou a pensar que ele era um dos alvos da frase de Zagallo - por conta de uma discussão que eles haviam tido. Mas o próprio treinador confirmou que o recado era para outros jornalistas.

“Eu tive uma discussão com ele naquela Copa América. Em uma entrevista coletiva ele me chamou de capcioso, e eu achei que ele estava falando para mim, então eu queria que ele confirmasse: vocês quem? Você está falando isso para quem? E o Zagallo: ‘Não, vocês sabem quem é, vocês sabem de quem eu estou falando, no Brasil tem uma meia dúzia que não quer o bem da seleção brasileira'", conta Capriotti.

A VISÃO DO REPÓRTER QUE PRESENCIOU A CENA

Tino Marcos, da TV Globo, e Osvaldo Pascoal, da TV Bandeirantes, foram os primeiros a chegar em Zagallo após o apito final. No vídeo histórico, são deles os microfones que registram uma das frases mais marcantes da história do futebol. E como se fosse hoje, Pascoal recorda detalhes de quando tudo aconteceu e conta o sentimento que teve no momento do desabafo.

Osvaldo Pascoal (Fox Sports) - Fox Sports/Divulgação - Fox Sports/Divulgação
Imagem: Fox Sports/Divulgação
“Quando ele correu para dentro de campo eu saí correndo atrás dele, e como ele virou, e eu e o Tino Marcos estávamos juntos, ele começou a falar e disse: ‘Vocês vão ter que me engolir’. Eu não sei para quem ele disse, ele falou no plural, e na hora, você que é repórter, não tem muita preocupação, você está lá na hora e pega o cara falando, tem o impacto de o cara falar, e depois é que você vai pensar a respeito. E isso é uma coisa que eu não tinha uma definição de para quem era”, diz. “O Tino Marcos estava com microfone sem fio e eu estava com microfone com fio e, mesmo assim, eu cheguei antes dele”, comemora Pascoal.

Hoje comentarista da Fox Sports, Osvaldo Pascoal diz que não viu as palavras de Zagallo com espanto. “Eu não fiquei surpreso. Foi o impacto do momento, porque na verdade eu pensei: ‘ele vai estar feliz pela conquista’. Eu não pensei que seria um desabafo, pensei que ele estaria feliz. Ele falou da comemoração, só que depois soltou a frase: ‘Vocês vão ter que me engolir’, ele falou isso e saiu andando... Ele aproveitou o momento para dar aquele desabafo”, lembra.

Seleção brasileira - final Copa América de 1997 - Antonio Gaudério/Folhapress - Antonio Gaudério/Folhapress
Imagem: Antonio Gaudério/Folhapress

COMO OS JOGADORES REAGIRAM À POLÊMICA FRASE?

A frase de Zagallo foi encarada de diversas formas pelos jogadores. E, de certa forma, compreendidas por todos eles. “a gente não sabia que o Zagallo ia desabafar. A gente sabia das críticas no momento, da exigência do torcedor especialmente da seleção brasileira, mas eu não sabia que o Zagallo estava guardando essas coisas para ele, guardado tanta coisa assim. Mas ele passava tranquilidade para o grupo e, no final, ele desabafou. Eu fiquei surpreso e depois acabamos rindo muito com toda essa situação. Ele foi até engraçado”, recorda o zagueiro Aldair, titular de Zagallo na Copa América de 1997.

Companheiro de zaga de Aldair e titular do Brasil em cinco dos seis jogos na competição, Gonçalves lembra das críticas que mais deixaram o técnico Zagallo chateado: “Ele ficou magoado principalmente com as críticas referentes ao jogo contra o México, pela dificuldade... O Zagallo foi muito criticado após aquele jogo, foram críticas pesadas, e aí ele mudou o time, trocou alguns jogadores e, no final, com a conquista do título, ele desabafou, né? Porque ele falou que alguns jornalistas tinham pegado pesado com ele”.

“Nós ficamos sabendo só depois mesmo, já que o desabafo dele foi ao vivo. Inclusive, na época, pegou a gente meio de surpresa, porque ele era um treinador muito experiente e a gente não esperava que ele estivesse tão magoado com as críticas que tinha sofrido, até porque ele já era tetra campeão do mundo, mas a gente sabe que isso faz parte do futebol”, acrescenta.

Ronaldo beija taça - Copa América 1997 - CBF/Divulgação - CBF/Divulgação
Imagem: CBF/Divulgação
“O Zagallo foi absorvendo todas aquelas críticas no decorrer desse período. Aí quando chegou na Copa América e a gente conseguiu o título, aquela frase foi algo que estava preso já por um período, foi um desabafo dele”, opina Zé Roberto.

Taffarel seguiu a mesma linha de Zé Roberto e não poupou elogios ao ‘Velho Lobo’. “Ele sentia que a pressão era grande. A frase surgiu ali, e depois ele falou mais vezes [risos]. Mas o Zagallo é simpático, até quando ele está bravo. Quando ele está preocupado, quando está bravo, é um cara, assim, que se empolga. Ele é uma lenda do futebol”, afirma o ex-goleiro.

Já Djalminha destaca que as críticas feitas pela imprensa não chegaram a afetar os jogadores e, basicamente, atingiram apenas Zagallo, que soube segurar a pressão até o fim: “Era uma sequência de coisas. A gente havia perdido para a Noruega por 4 a 2, perdemos o Torneio da França e tiveram, sim, muitas críticas. Mas dentro do nosso grupo não chegou muito não. Era mais uma coisa com ele, com o Zagallo, a pressão maior era em cima do treinador, e culminou que lá no final ele desabafou. Mas não era o nosso sentimento, a gente não estava sentindo a pressão da imprensa. Os jogadores tinham confiança que iam chegar e ganhar a Copa América. Nossa confiança era total e ganhamos os seis jogos, fomos invictos”.

LEGIÃO DE ESTRELAS COMANDOU O BRASIL

Ronaldo, Romário, Edmundo, Djalminha, Giovanni, Roberto Carlos... Eram alguns dos craques do time comandado por Zagallo na Copa América. Não à toa, foram 22 gols em seis jogos, uma média de mais de três por partida, sendo sete contra o Peru, na semi, e cinco contra a Costa Rica, na estreia da fase de grupos.

Dunga, entre Edmundo (esq.) e Leonardo (dir.), levanta a taça da Copa América 1997 conquistada pela seleção brasileira - AFP PHOTO/Omar TORRES - AFP PHOTO/Omar TORRES
Imagem: AFP PHOTO/Omar TORRES
“O time era fantástico. Era um timaço”, recorda Célio Silva, que atuou apenas em uma partida da competição. “O Zagallo montou uma boa equipe. Tinha o Ronaldo Fenômeno, o Roberto Carlos, o Cafu, que já tinha disputado a Copa do Mundo de 94; no meio de campo tinha o Flávio Conceição, que não era jovem, mas estava numa boa fase; tinha o Denílson surgindo, o Leonardo, que já tinha disputado uma Copa do Mundo, assim como o Romário... Então o Zagallo formou um time bastante equilibrado, mesclava experiência com juventude e com muita qualidade, e foi a melhor de todas as seleções naquela Copa América”, diz Gonçalves.

Taffarel recorda, porém, que, apesar da legião de craques, o Brasil encontrou diversas dificuldades ao longo da competição. “Foi uma mescla de jogadores já mais um pouco experientes dentro da seleção com gente nova, e que se formou um grupo forte. E mesmo assim não foi fácil essa Copa América, nós tivemos muitas dificuldades, muitas críticas mesmo, mas a gente não perdeu um jogo, lembro que foi um título inédito e invicto porque não perdemos nenhuma partida. Fizemos duas goleadas e mesmo assim parece que a gente não estava convencendo muito o pessoal”, conta o goleiro.

BRASIL X MÉXICO: JOGO-CHAVE PARA O TÍTULO

Com uma quase unanimidade, o duelo contra o México, ainda na primeira fase da Copa América, é apontado pelos jogadores brasileiros como o ‘jogo-chave’ para a conquista do título. O Brasil perdia por 2 a 0, dois gols de Hernandez, mas conseguiu reagir e virar para 3 a 2 com tentos de Leonardo, Aldair e um gol contra do zagueiro mexicano Camilo Romero Mora.

“Eu acho que sim [foi um jogo-chave], pela reação. Nós conseguimos virar um marcador adverso e isso deu ânimo a seleção brasileira”, lembra Gonçalves. “Aquele jogo foi um divisor de águas porque, depois daquela virada, o time ganhou muita confiança, e aí nos outros jogos a gente, praticamente, não teve muitas dificuldades - a não ser um pouco na final, onde o jogo começou um pouco difícil. Mas a gente se impôs e ganhamos sendo bem superiores”, analisa o hoje comentarista Djalminha.

Para Taffarel, o resultado fez o Brasil acreditar ainda mais em sua força: “O México já era um adversário duro. Foi uma vitória para mostrar que a gente estava bem presente naquela Copa América, que a gente estava ali para poder ganhar, para vencer. Eu lembro que a gente comemorou muito aquela vitória; até o torcedor boliviano aplaudiu a gente no final”.

ALTITUDE: A MAIOR DIFICULDADE DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Ao mesmo tempo em que apontam o jogo contra o México como o mais importante da Copa América, os jogadores citam a altitude como principal obstáculo a ser superado pela seleção brasileira ao longo da competição. Depois de jogar cinco partidas (três pela fase de grupos, quartas e semi) em Santa Cruz de la Sierra (apenas 416 metros de altitude), o Brasil encarou a anfitriã Bolívia na decisão na cidade de La Paz, a 3.660 metros do nível do mar. E sofreu.

“O que mais eu lembro desta Copa América é a altitude [risos]”, recorda Aldair. “Era insuportável jogar na altitude, a gente tinha alguma dificuldade, mas o talento dos jogadores que nós tínhamos fez muita diferença”, acrescenta o zagueiro. “Na final nós enfrentamos a dona da casa com aquela altitude de 3.600 metros, que é pesado, mas mesmo assim o time tinha qualidade e conseguiu superar com facilidade a seleção da Bolívia”, diz Gonçalves.

Taffarel foi um dos que mais sofreu, até pela diferença na velocidade da bola. Ele inclusive aponta a altitude como uma das ‘culpadas’ pelo gol sofrido por ele na decisão, marcado por Sanchez (fez 1 a 1). “Na própria final, contra a Bolívia, a bola passou por baixo de mim, porque em La Paz a bola te engana muito. A gente é acostumado a fazer a defesa numa velocidade, mas em La Paz você tem que sair antes, e se tu não sai antes te pega desprevenido, a bola vem muito rápida. Se não for esperto e não antecipar um pouco esse gesto para a defesa, fica complicado, acaba sendo surpreendido”, analisa o ex-goleiro da seleção.

Zé Roberto lembra que até a festa do título acabou sendo prejudicada por conta da altitude. “A festa não foi muito positiva porque, depois que acabou o jogo, muita gente estava passando mal, com dor de cabeça. Eu, por ter tido a primeira experiência na altitude, lembro que passei muito mal. A gente não via a hora de voltar para o Brasil”, recorda.

A CAMPANHA DO BRASIL NA COPA AMÉRICA 1997

- Brasil 5 x 0 Costa Rica (1ª rodada da fase de grupos)
Gols: Djalminha, Gonzalez (contra), Ronaldo (2) e Romário

- Brasil 3 x 2 México (2ª rodada da fase de grupos)
Gols: Leonardo, Aldair e Camilo Romero (contra)

- Brasil 2 x 0 Colômbia (3ª rodada da fase de grupos)
Gols: Dunga e Edmundo

- Brasil 2 x 0 Paraguai (quartas de final)
Gols: Ronaldo (2)

- Brasil 7 x 0 Peru (semifinal)
Gols: Denílson, Flávio Conceição, Romário (2), Leonardo (2) e Djalminha

- Brasil 3 x 1 Bolívia (final)
Gols: Denílson, Ronaldo e Zé Roberto

OS CONVOCADOS DO TÉCNICO ZAGALLO

Goleiros: Taffarel e Carlos Germano
Laterais: Cafu, Roberto Carlos, Zé Maria e Zé Roberto
Zagueiros: Aldair, Márcio Santos, Gonçalves e Célio Silva
Meio-campistas: Mauro Silva, Dunga, César Sampaio, Flávio Conceição, Giovanni, Leonardo e Djalminha
Atacantes: Ronaldo, Romário, Denílson, Edmundo e Paulo Nunes