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Trio já foi solução de Zé Ricardo, mas será difícil recuperar espaço no Fla

Felipe Vizeu, Gabriel e Mancuello não têm sido utilizados no Flamengo por Zé Ricardo - Montagem/UOL
Felipe Vizeu, Gabriel e Mancuello não têm sido utilizados no Flamengo por Zé Ricardo Imagem: Montagem/UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/07/2017 04h00

O Flamengo vem de bons resultados e trabalha para encorpar novamente na temporada. Como em qualquer clube, o técnico tem os seus jogadores favoritos e promove algumas substituições na expectativa de acertar a equipe. Três atletas rubro-negros, no entanto, terão dificuldade para recuperar o espaço.

O atacante Felipe Vizeu e os meias Gabriel e Mancuello já foram soluções de Zé Ricardo em outros momentos. A chegada de reforços e o rendimento dos concorrentes, no entanto, colocaram o trio em situação delicada. Negociações são possíveis, embora o Flamengo não queira se desfazer dos jogadores agora. Tudo vai depender das propostas e vantagens para as partes envolvidas.

Mancuello custou R$ 12 milhões aos cofres da Gávea. Ele foi contratado no início de 2016, viveu alguns bons momentos, mas jamais se firmou. Parte da torcida defende que o argentino nem sequer foi escalado na posição de origem - segundo homem do meio de campo. O camisa 11 começou a atual temporada na função de atacante pelos lados do campo e mais uma vez frustrou expectativas.

Com as chegadas de Everton Ribeiro e Geuvânio, além das possibilidades de escalar Conca e Ederson, o panorama para Mancuello se tornou bastante complicado. Até para jogar mais recuado, o argentino ficou sem espaço, já que Cuéllar despontou como uma boa opção. A última vez em que o carismático argentino jogou 90 minutos foi em 19 de fevereiro - goleada do Flamengo sobre o Madureira por 4 a 0.

Promessa do clube para o ataque, Felipe Vizeu tem apenas 20 anos. Ele surgiu em 2016, quando fez oito gols, mas foi superado por Leandro Damião na preferência do técnico Zé Ricardo para a atual temporada. O jogador passou a não ser relacionado com frequência, o que acontece mais certamente quando o titular absoluto Paolo Guerrero está com a seleção peruana.

Terceira opção para a função de centroavante, o menino tenta reescrever a sua trajetória na Gávea. Em um elenco qualificado, principalmente do meio para frente, ele sabe que as oportunidades serão raras. Até por isso, os seus representantes já tentaram negociações por empréstimo. Nenhuma delas, no entanto, avançou. 

Já Gabriel retornou de lesão e treina normalmente com o grupo, mas a concorrência é enorme na função que desempenha. Em sua quinta temporada na Gávea, o baiano segue como um dos jogadores mais questionados pela torcida e dificilmente terá espaço. A tendência é que só entre em campo - após a chegada dos reforços - em caso de jogadores poupados ou lesionados, ainda como opção no banco de reservas.

A diretoria do Flamengo adota o discurso de que todos os atletas fazem parte do elenco e estão disponíveis ao treinador Zé Ricardo, responsável por escalar e relacionar o grupo para os compromissos junto com a comissão técnica. Mas é inegável que o panorama aponta para peças cada vez mais definidas na Gávea.