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Pintado diz que Cueva não quis ir a Santos: 'Não dá para pedir favor'

Pintado e Cueva tiveram longa conversa no treino da última sexta-feira - Marcello Zambrana/AGIF
Pintado e Cueva tiveram longa conversa no treino da última sexta-feira Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/07/2017 20h21

Nesta terça-feira, o UOL Esporte publicou na coluna De Primeira que o ex-auxiliar Pintado e o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva discordaram sobre o aproveitamento de Cueva no clássico contra o Santos, no último domingo. Leco gostaria que o peruano viajasse mesmo que ficasse na reserva, enquanto Pintado optou por cortá-lo até da lista de relacionados. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o ídolo tricolor, que foi tirado da comissão técnica profissional, atribuiu ao próprio meia a decisão de não participar do jogo na Vila Belmiro.

"O Cueva tinha uma ideia de sair do São Paulo, víamos ele um pouco descontente no dia a dia. Ficou muito claro para nós. O rendimento não era mais do jogador que chegou ao São Paulo. O Cueva iria para o jogo, mas não iria iniciar. Foi uma decisão técnica. Quanto a não viajar, foi uma opção dele, que preferiu não ficar no banco. Comentei que ele tinha tudo para decidir o jogo no segundo tempo na Vila, com uma estratégia para utilizar sua velocidade, desde que ele estivesse disposto a ajudar e com a cabeça no São Paulo. Não dá para pedir por favor a um jogador para jogar no São Paulo", explicou.

Pintado escalou o argentino Jonatan Gómez no lugar de Cueva. Foi a estreia do meia, comprado do Santa Fé, da Colômbia, que teve desempenho discreto. Um dia após o auxiliar perder o cargo por decisão da diretoria, o técnico Dorival Júnior esboçou novo time titular e apostou em Cueva e Gómez juntos. O treinador não se opôs à saída por considerar melhor trabalhar com sua comissão técnica, formada pelo auxiliar Lucas Silvestre, pelo analisa Léo Porto e pelo preparador físico Celso Rezende. Pintado viu os dirigentes oferecerem posto na integração do futebol de base com o profissional.

"Estou tentando esfriar a cabeça um pouco para ver o que vai acontecer. Quando cheguei ao São Paulo (no início de 2016), uma das primeiras ideias era que eu fizesse parte dessa ligação do profissional com a base. O São Paulo agora entende que isso é necessário, o próprio Dorival conviveu com isso no Santos. Vamos juntar as ideias para ver se o projeto vai acontecer", ponderou.

Pintado trabalhou como auxiliar de Rogério Ceni, Ricardo Gomes e Edgardo Bauza no Tricolor, clube que defendeu na década de 1990 e pelo qual conquistou Libertadores e Mundial de Clubes. Além de afastar o ex-volante, a diretoria são-paulina ainda demitiu o preparador de goleiros Haroldo Lamounier e o preparador físico Zé Mário Campeiz.