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Após brigas entre torcidas, Paysandu é denunciado por homofobia no STJD

Torcida do Paysandu abre bandeira do orgulho LGBT em jogo da Copa do Brasil - César Magalhães/Divulgação
Torcida do Paysandu abre bandeira do orgulho LGBT em jogo da Copa do Brasil Imagem: César Magalhães/Divulgação

Do UOL, em Santos (SP)

14/07/2017 17h52

O Paysandu será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta de uma briga entre torcidas que teria sido provocada por conta de um ato de homofobia de uma delas. A confusão aconteceu no jogo do dia 30 de junho, contra o Luverdense, no estádio da Curuzu.

Segundo o STJD, ‘integrantes da torcidas organizada do Paysandu, a Terror Bicolor, teriam agredido integrantes da Banda Alma Celeste, organizada que se manifestou a favor da causa LGBT e que aboliu o grito de “bicha”, além de estender a bandeira LGBT nas arquibancadas’.

O Paysandu foi enquadrado no artigo 213, inciso I, parágrafo 1º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por não garantir a prevenção ou repressão das desordens. O clube paraense pode ser multado entre R$ 100 e R$ 100 mil e punido com perda de até 10 mandos de campo.

A Procuradoria destacou ainda que as agressões foram represálias e tiveram como motivação atos discriminatórios por conta do posicionamento da Alma Celeste. Desta forma, o clube responderá ainda ao artigo 243-G (praticar ato discriminatório), o que ainda pode lhe render a perda de um mando de campo, a perda de três pontos e mais multa (R$ 100 a R$ 100 mil).

O processo está na pauta da Terceira Comissão Disciplinar agendada para a próxima quarta-feira, dia 19 de julho, a partir das 15h.

Paysandu promete provar que não é um clube homofóbico

Já ciente da denúncia, o Paysandu soltou uma nota dizendo que o departamento jurídico já começou a preparar a defesa para o julgamento e que tem certeza que irá provar que não é um clube homofóbico.

"A Diretoria Jurídica já começou a preparar a defesa do clube. O advogado Osvaldo Sestário e um dos advogados integrantes da Diretoria Jurídica do Paysandu farão a defesa do clube. A Diretoria Jurídica trabalha com tranquilidade e certeza de que irá provar que o Paysandu não é um clube homofóbico e que presta total apoio a manifestações de combate a todo e qualquer tipo de preconceito", diz.

Árbitro também será julgado por não citar confusão na súmula

Por não relatar as ocorrências na súmula, o árbitro Jean Pierre foi denunciado no artigo 266 e corre risco de suspensão por 30 a 360 dias – além de uma multa entre R$ 100 e R$ 1 mil.