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Lusa faz acordo milionário para pagar dívidas e afasta leilão do Canindé

Revelado pela Lusa, Ricardo Oliveira foi um dos jogadores envolvidos no acordo - Sérgio Andrade/Folhapress
Revelado pela Lusa, Ricardo Oliveira foi um dos jogadores envolvidos no acordo Imagem: Sérgio Andrade/Folhapress

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

14/07/2017 16h33

Não é só de más notícias que vive a Portuguesa. Nesta quarta-feira (12), em uma audiência na 59ª Vara do Trabalho de São Paulo, o clube rubro-verde conseguiu fechar um acordo com cinco ex-jogadores – entre eles o santista Ricardo Oliveira – para quitar débitos trabalhistas.

O valor total das dívidas a serem pagas pela Lusa chega a quase R$ 50 milhões e o acordo, além de evitar que o Canindé vá novamente a leilão, abre caminho para que o espaço ocupado pelo Canindé transforme-se, através de uma parceria com investidores, em uma arena para 20 mil lugares - além de uma sede vertical e empreendimentos imobiliários. Até a quitação, manteve-se a penhora do estádio.

“É um acordo que evita o leilão do Canindé e um primeiro degrau de um longo caminho que a Portuguesa ainda tem para seguir”, comemora o presidente Alexandre Barros, presente na audiência, em entrevista ao UOL Esporte.

O acordo foi fechado entre a Portuguesa e advogada Gislaine Nunes, que representa os cinco ex-jogadores na ação iniciada por um deles, Tiago Barcellos, em 2002. Além dele e de Ricardo Oliveira, os outros jogadores são: Rogério Pinheiro, Marcus Vinícius e Rafael Alves. Todos os jogadores receberão R$ 100 mil à vista e mais parcelas de R$ 50 mil por determinado período.

Quase metade do valor é para o ex-meio-campista Marcus Vinícius, que também passou por Grêmio, Sport, Ponte Preta, Cruzeiro e Atlético-PR. Ele receberá R$ 25 milhões a serem pagos em 501 parcelas de R$ 50 mil. Já Ricardo Oliveira tem direito a pouco mais de R$ 1 milhão, em 19 parcelas de R$ 50 mil.

A audiência desta quarta-feira (12) contou também com a participação da Conexão 3 Desenvolvimento e Negócios e da Planova Planejamento e Construções S.A., investidores que discutem com a Portuguesa um projeto de revitalização para explorar o Canindé.