Família de jogador morto no Canindé processa Lusa e pede R$ 1,3 milhão
A família do jovem Lucas Santos, jogador das categorias de base da Portuguesa que foi encontrado morto na piscina do Canindé em outubro do ano passado, está processando o clube por danos morais e materiais. A família pede uma indenização que gira em torno de R$ 1,3 milhão no total.
Os parentes de Lucas responsabilizam a Portuguesa por ser negligente no caso e por omissão de socorro. Na ocasião, o atleta participava de um churrasco promovido pelo time Sub-17 da Lusa nas dependências do clube para celebrar uma vitória do time. O jogador teria pulado na piscina para nadar. Mas só foi encontrado morto dentro da piscina no dia seguinte. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou asfixia como causa da morte.
“A família requer uma indenização e entende que é responsabilidade do clube, que não prestou socorro e deveria ter observado melhor o que aconteceu com o falecimento dele. Ele apareceu morto na piscina, não tinha Corpo de Bombeiros no momento em que a piscina foi liberada para os meninos, são vários detalhes. A gente entende que a Portuguesa tem, sim, responsabilidade”, esclarece a advogada Rebeca Sena, responsável pelo caso.
Além de danos morais pela morte do garoto, a família requer danos materiais porque considera que o jovem atleta tinha um futuro promissor nos gramados e poderia ajudar a família financeiramente.
“Ele era um dos sobrinhos mais velhos, tinha o sonho de construir uma casa para a mãe e para os tios que possuíam a sua guarda. Então tem os danos morais pelo falecimento, uma perda inestimável, e material pelo futuro promissor”.
A advogada afirma que já juntou as provas do inquérito e entrou com a ação. O clube já apresentou a sua defesa, informação confirmada pelo departamento jurídico da Portuguesa. Mas os juízes ainda não proferiram a sentença.
Lucas foi criado pelas tias Magda e Monica Santos e pelo avô Ivanoé, que na verdade era marido de sua avó. Ele tinha contato com a mãe biológica Mércia, mas a distância atrapalhava uma relação mais próxima, já que ela mora no interior de Pernambuco.
A família pede que a justiça seja feita. “Estamos aí lutando. São vários fatores: não oferecer socorro, não ter salva vidas, ele sendo de menor, os cuidados que não tiveram. É uma questão de querer resposta, era um menino maravilhoso, cheio de sonhos. Seria inaceitável ficar de braços cruzados. Meu sobrinho morreu, ele tinha um futuro pela frente”, afirma a tia Magda.
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