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Por lesão ou opção, Maicosuel e Edimar ainda são reforços "seminovos" do SP

Maicosuel atuou 45 minutos na estreia pelo São Paulo e não jogou mais - Marcello Zambrana/AGIF
Maicosuel atuou 45 minutos na estreia pelo São Paulo e não jogou mais Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

18/07/2017 04h00

O São Paulo pode completar a quinta rodada na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro se tropeçar diante do Vasco da Gama, às 21h45 de quarta-feira, no Morumbi. Quatro jogadores já deixaram o time desde o início da Série A, outros seis chegaram e Dorival Júnior é o terceiro técnico a comandar a equipe na competição, incluindo o interino Pintado. Mas ainda há novidades para arriscar.

Maicosuel, por exemplo, segue com apenas 45 minutos disputados desde que foi comprado do Atlético-MG, na primeira semana de junho. O meia teve um desequilíbrio muscular diagnosticado após jogar o primeiro tempo dos 2 a 0 sobre o Vitória, em 8 de junho, e nunca mais atuou. Por coincidência, o Tricolor também nunca mais venceu. Já o lateral-esquerdo Edimar, emprestado pelo Cruzeiro, chegou em março e até agora não foi utilizado nenhuma vez.

A situação de Maicosuel é a que mais gera discussões e críticas. O novo camisa 7 foi contratado em uma terça-feira, apresentado na quarta e estreou na quinta, quando acusou o problema físico que o tirou de ação até o momento. O São Paulo alega que o desequilíbrio muscular já causava incômodo ao jogador desde os tempos de Galo, mas mesmo assim a avaliação médica no ato da contratação o liberou para atuar de imediato.

Primeiro, os tricolores ponderam que o desequilíbrio muscular não configura uma lesão. Depois, explicam que casos do tipo podem ser tratados de formas diferentes. No de Maicosuel, o atleta não sentia dores até o jogo com o Vitória, tanto que havia feito as três partidas anteriores no Atlético-MG. Naquele 8 de junho, porém, sentiu pesar o adutor da coxa direita e fez a comissão técnica do São Paulo mudar os planos.

Em vez de doses diárias de exercícios complementares após os treinos, o meia teria tratamento intensivo para zerar o problema que já o incomodava há tempos. E como o contrato com o Tricolor é longo, de três temporadas, Maicosuel preferiu parar e depois voltar 100% a forçar uma sequência e nunca estar na melhor forma física. Assim, pediu até que seu salário fosse suspenso durante a recuperação.

Na semana passada, o camisa 7 foi a campo depois de semanas com atividades somente no Reffis e a previsão é que já treine com o grupo nesta terça-feira. O reencontro poderia ter acontecido na segunda, mas a delegação voltou à noite para a capital paulista devido ao mau tempo que obrigou uma viagem de ônibus saindo de Chapecó. Há expectativa de que Maicosuel seja relacionado para o embate com o Vasco.

Edimar, lateral-esquerdo do São Paulo - Reprodução/Divulgação - Reprodução/Divulgação
Edimar está emprestado pelo Cruzeiro ao São Paulo
Imagem: Reprodução/Divulgação

Se for ao banco, o meia terá a companhia de Edimar. Aos 31 anos, o lateral foi emprestado pelo Cruzeiro até o fim deste ano e não estreou pelo São Paulo. O ala foi contratado na última semana de março e, nos planos do então técnico Rogério Ceni, jogaria as quartas de final do Campeonato Paulista contra o Linense, para dar descanso a Júnior Tavares, atleta que mais atuou na temporada.

Edimar sofreu um estiramento no tendão do músculo reto femoral da coxa esquerda, perdeu três jogos para fazer tratamento, mas logo o problema foi eliminado e o lateral voltou a ficar à disposição de Ceni. Desde então, foram 17 partidas sendo relacionado, mas sem sair do banco de reservas. Puramente por opção técnica. O último jogo do defensor foi em 11 de dezembro de 2016, na rodada final do Brasileirão: Cruzeiro 3 a 2 no Corinthians.

Enquanto isso, Júnior disparou como o atleta mais usado no ano. O garoto promovido em janeiro por Ceni fez 38 dos 40 jogos da equipe em 2017. Pela pouca idade (20 anos) e tempo no profissional, o jovem tem sofrido com a irregularidade. É o maior assistente do elenco, com sete passes para gols, mas também tem acumulado vacilos defensivos nas últimas partidas, como nos dois gols da Chapecoense no domingo. 

O técnico Dorival Júnior tem dado bastante atenção às laterais, com treinos específicos, jogadas trabalhadas e uma participação ofensiva maior. Na direita, estreou com Buffarini diante do Atlético-GO, mas resolveu dar chance a Bruno contra a Chape. Júnior, do outro lado, ainda parece intocável. A última vez em que não foi usado em uma partida aconteceu na sexta rodada do Paulistão. Depois, só foi preservado no jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana, em 5 de maio, quando entrou somente aos 24 minutos do segundo tempo do 0 a 0 com o Defensa y Justicia, na Argentina.