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Vasco "testará" Volta Redonda enquanto busca aval da CBF para outras praças

Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, receberá jogos contra Atlético-PR e Cruzeiro - Júlio César Guimarães/UOL
Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, receberá jogos contra Atlético-PR e Cruzeiro Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/07/2017 04h00

Punido com a perda de seis mandos de campo por conta dos graves incidentes no clássico com o Flamengo em São Januário, o Vasco terá como casa provisória o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, onde já agendou seus compromissos contra o Atlético-PR (31/7) e Cruzeiro (3/8). O local será “testado” pela diretoria e, caso não engrene, o clube conta que pode ser liberado pela CBF para sediar partidas fora do estado do Rio de Janeiro.

O Cruzmaltino já conversou com algumas outras praças, como Uberlândia (MG) e Manaus (AM), mas mesmo que obtenha o aval da confederação, só irá transferir seus jogos para outro estádio caso as coisas não saiam como esperado no Raulino. Em Volta Redonda, serão levados em consideração o resultado esportivo, público e logística.

O Vasco já consultou a CBF sobre a possibilidade de transferir seus jogos para outros estados, mas a entidade ainda estuda o caso. O clube se baseia numa brecha no Regulamento Geral de Competições de 2017 que, em seu segundo parágrafo do artigo 63, diz que “o estádio substituto poderá situar-se em outro estado, desde que a federação local que estiver recebendo a partida esteja de acordo”.

Paralelamente a estas questões, o departamento jurídico cruzmaltino segue trabalhando na tentativa de diminuir a punição imposta na primeira instância do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Na última quinta-feira, porém, o setor sofreu uma derrota ao ter indeferido o pedido de efeito suspensivo da pena (veja no documento abaixo).

Vasco tem pedido de efeito suspensivo indeferido - Divulgação STJD - Divulgação STJD
Imagem: Divulgação STJD

Os advogados ainda podem aliviar a situação com um recurso que levará o julgamento ao Pleno do STJD. O clube se articula não só na esfera esportiva como na civil, já que sofreu com uma interdição de 180 dias do estádio de São Januário pelo Ministério Público.

O Vasco garante ter todos os laudos e documentos que comprovam a segurança do local e também ingressou com um inquérito na Polícia Civil onde reuniu provas que tentam justificar a tese de falha na ação da Polícia Militar no episódio dos incidentes.