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Caso Victor: São Paulo deposita R$ 10 milhões de Pratto em juízo

Victor trocou o Grêmio pelo Atlético-MG em 2012. Time gaúcho cobra pagamento - Thomás Santos/AGIF
Victor trocou o Grêmio pelo Atlético-MG em 2012. Time gaúcho cobra pagamento Imagem: Thomás Santos/AGIF

Bruno Grossi e Jeremias Wernek

Do UOL, em São Paulo e Porto Alegre

04/08/2017 20h28

O ‘caso Victor’, envolvendo Grêmio e Atlético-MG, tem um novo episódio. Na semana passada, o São Paulo depositou em juízo R$ 10,5 milhões referentes à parcela da compra de Lucas Pratto. O dinheiro já estava destinado, pela Justiça, a quitar a dívida do clube mineiro com o Tricolor de Porto Alegre. Agora o time gaúcho busca medida para recolher o recurso.

O São Paulo usou o dinheiro da venda de Luiz Araújo ao Lille, da França, para quitar a transferência de Pratto – contratado em fevereiro junto ao Galo.

O depósito em juízo ocorreu em 28 de julho na quantia de R$ 10.508.626,19.

Em abril, o Atlético-MG chegou a ser multado por descumprimento de ordem judicial e o valor da ação pulou para R$ 12 milhões.

Os dois clubes chegaram a tentar acordo extrajudicial, em maio, mas não houve avanço.

No domingo, Grêmio e Atlético-MG se enfrentam em jogo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, em Porto Alegre, por ironia marcará o jogo de número 300 de Victor no clube de Belo Horizonte.

Relembre o caso

Victor trocou Porto Alegre por Belo Horizonte na metade de 2012. No negócio, o Grêmio recebeu Werley e mais um pagamento parcelado. No ano passado, a dívida ficou milionária. Neste ano, o Tricolor gaúcho entrou com pedido de execução da dívida. Depois, conseguiu penhora online das contas do Atlético-MG quando da venda de Lucas Pratto ao São Paulo.

O time paulista, contudo, fez o pagamento da primeira parcela antes de ser notificado judicialmente. Diante disso, o Grêmio pediu bloqueio das contas do Galo e levou. A Justiça também determinou que o novo pagamento da operação por Pratto fosse feito em juízo.

Paralelamente, o Grêmio também iniciou trâmite junto à CBF. Os advogados do time gaúcho pediram bloqueio de registros do Atlético-MG, conforme legislação nacional para casos de inadimplência entre clubes. O órgão da entidade máxima do futebol brasileiro pediu mais esclarecimentos e ainda não analisou a demanda.