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"Presentão", camisa de Messi vira objeto de desejo entre jogadores da Chape

Thiago Arantes

Colaboração para o UOL, em Barcelona (ESP)

06/08/2017 14h11

O amistoso contra o Barcelona, na segunda-feira, será especial para a Chapecoense por muitos motivos. Alguns são comuns a todos os atletas e membros da comissão técnica – jogar no Camp Nou, enfrentar um dos melhores times do mundo, dividir o campo com estrelas internacionais.

Outros, são bem pessoais. Para os mais jovens, o Troféu Joan Gamper é chance de pisar pela primeira vez em um dos palcos mais míticos do futebol mundial; para outros, veteranos, talvez a última oportunidade de viver a experiência. Para Alan Ruschel, lateral-esquerdo que sobreviveu ao acidente em novembro passado, o jogo marca um reencontro. “Estou feliz por voltar a fazer o que eu amo. Vou realizar o meu sonho e o de muitas pessoas que me ajudaram.”

Mas há um ponto em que as ambições e experiências coletivas e individuais se cruzam. Um objeto que é, ao mesmo tempo, uma lembrança muito pessoal do jogo, mas que todos querem guardar: a camisa 10 que Lionel Messi utilizará durante o duelo.

“É, os caras já estão pensando nisso, falando em quem vai trocar de camisa com ele”, contou Wellington Paulista ao UOL, no hotel em que a delegação da Chapecoense está hospedada em Barcelona. “Vamos ver quem vai conseguir. Quem fala espanhol já sai em vantagem”, brincou o atacante.

Por esse critério, o próprio Wellington seria um bom candidato: em 2007, ele jogou na Espanha, pelo Deportivo Alavés, e até marcou um gol diante do Barcelona no Camp Nou, em derrota por 3 a 2. Mas o centroavante já saiu a disputa. “Eu já tenho a minha. Combinei com o Marlon, com quem joguei no Fluminense. Falei com ele tem uns dias e já está tudo certo. Vamos ver quem vai pedir a do Messi, se alguém vai falar com ele antes ou durante o jogo.”

Alan Ruschel já deu um passo à frente. Em entrevista coletiva neste domingo em Barcelona, o lateral-esquerdo foi perguntado pelo UOL sobre a possibilidade e não escondeu o sorriso.

“Seria um presentão, né? Ele é o melhor jogador do mundo, um dos melhores jogadores da história do futebol. Seria gratificante trocar a camisa com ele”, disse o defensor, que – pela posição de ambos em campo – terá a tarefa de marcar o craque argentino em vários momentos do duelo.

Coleção e disputa

Se a camisa de Messi é objeto de desejo dos jogadores da Chapecoense, a do clube brasileiro também será um artigo procurado pelo camisa 10 do clube catalão.

Recentemente, o argentino divulgou em suas redes sociais uma foto com parte de sua ampla coleção de uniformes de jogo. O “museu” inclui peças com os nomes de rivais como Casillas e Raúl, do Real Madrid, de companheiros como Suárez, Daniel Alves e Fàbregas, além de outros astros mundiais do nível de Aguero, Totti e Lahm.

A disputa pela camisa de Messi já se transformou em uma marca nos jogos do Barcelona. Em abril deste ano, os zagueiros Bonucci e Chiellini, da Juventus, discutiram nos minutos finais do duelo pela Champions League, no Camp Nou, porque ambos tinham o mesmo objetivo. No fim, Bonucci levou a melhor.

Messi, por sua vez, tem um método bastante simples. “Se tem algum argentino no outro time, eu troco com ele. Se não, troco com quem vier pedir”, disse certa vez, quando perguntado sobre o assunto.