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Escassez no mercado e estrangeiro são debates do Fla para escolher técnico

O colombiano Reinaldo Rueda ganhou força no Flamengo nas últimas horas - TOSHIFUMI KITAMURA/AFP
O colombiano Reinaldo Rueda ganhou força no Flamengo nas últimas horas Imagem: TOSHIFUMI KITAMURA/AFP

Rodrigo Mattos e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/08/2017 04h00

Demitir Zé Ricardo fugiu totalmente dos planos do Flamengo. A aposta era em um projeto a longo prazo, mas o clima se tornou insustentável. A manutenção da ideia, no entanto, está na mesa dos dirigentes. A contratação do novo técnico passa por isso, mas é debatida de forma intensa, principalmente por conta da escassez de nomes no mercado e do antigo desejo de contar com um treinador estrangeiro. Neste panorama, o colombiano Reinaldo Rueda ganhou força nas últimas horas, mas não é o único nome trabalhado nos bastidores.

A diretoria do Flamengo tem a convicção de que o projeto então comandado por Zé Ricardo precisa continuar. A ideia de contratar um técnico tampão está completamente descartada. No cenário ideal, o novo comandante chega para tentar salvar o ano e já organizar o futebol para 2018.

Neste aspecto, um profissional estrangeiro faz a cabeça de boa parte dos dirigentes, principalmente pela escassez do mercado brasileiro. Há algum tempo o clube monitora nomes de fora, entre eles o colombiano Reinaldo Rueda, multicampeão pelo Atlético Nacional, que tem o apoio de boa parte da torcida e conversas avançadas com o Rubro-negro. Ele é o favorito, mas não o único nome: outros treinadores estão sendo analisados.

Ao falar sobre a troca, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano disse que contratar um estrangeiro seria pensar a longo prazo e que poderia não surtir o efeito imediato, já que ele precisaria se familiarizar com os jogadores do país. Porém, deixou uma porta aberta para a possibilidade.

A corrente da diretoria que defende um comandante estrangeiro entende que o clube deveria pensar a longo prazo e não se deixar levar pela pressão de momento, nem pensar somente no título da Copa do Brasil. Em outras palavras, valeria o risco para um projeto inovador e que enfim possa dar os resultados esperados.

No caso de um técnico de fora, há a consciência no Flamengo de que seria necessário mais tempo para fechar a negociação. E o prazo para o clube resolver a questão é de no máximo uma semana. Certo é que, além de buscar um treinador de bom perfil, o Rubro-negro quer um comandante que seja capaz de motivar os jogadores e ter liderança no grupo.

No Brasil, a recusa de Roger Machado já era esperada por muitos. A possibilidade de contratar um técnico com passagem pelo clube e até empregado foi discutida. Tudo depende da “lei do mercado”. Um nome falado nos bastidores foi o de Paulo César Carpegiani, campeão mundial com o Flamengo em 1981.

“Precisamos fazer com que essa química traga o resultado esportivo que o Flamengo exige. Isso pode ser um atrativo ao treinador. Buscaremos um técnico que dê seguimento a tudo que foi feito de forma correta. Levamos em consideração o que pode dar resultados aos torcedores. Esperamos que eles voltem a sorrir o mais rápido possível”, encerrou Rodrigo Caetano.