Como Moisés se tornou o melhor do ano no Palmeiras em 90 minutos
Ao fazer um balanço do ano do Palmeiras, é difícil ver um jogador que é unanimidade com Cuca e torcedor. As eliminações recentes, na Copa do Brasil e na Libertadores, somadas à queda no Paulista e ao Brasileirão instável fazem Moisés ser uma das poucas esperanças de que algo vai melhorar no time daqui para frente.
O meio-campista atuou por 45 minutos contra o Atlético-PR e por mais meio tempo contra o Barcelona-EQU. Conseguiu ser o melhor do jogo nas duas ocasiões, com direito até a gol nas oitavas da Libertadores.
O camisa 10 organiza o time, distribui bolas e dá criatividade ao meio-campo alviverde. Esse, inclusive, foi o principal problema da equipe no ano. Diversos jogadores foram testados na situação e nenhum teve sucesso absoluto.
O que chegou mais perto foi Alejandro Guerra. O problema é que o venezuelano enfrentou problemas com sua forma física justo na época mais importante do ano, sem contar o incidente com seu filho que o tirou de campo em cima da hora na partida de ida do mata-mata da Libertadores.
Logo em seguida, outro atleta que ainda está em alta é Jaílson. Ele vem de uma sequência de seis jogos sem perder. Apesar de ter sido o goleiro da eliminação na Libertadores, o resultado do tempo normal foi 1 a 0 para o Alviverde. Para estar nesse jogo, aliás, ele venceu a concorrência com outro atleta irregular na temporada: Fernando Prass.
Tirando Jaílson e Moisés, Dudu surge como candidato ao cargo de melhor do ano, mas o camisa 7 também não faz a sua melhor temporada, embora tenha aparecido em momentos importantes, como em clássicos do Estadual, por exemplo.
À frente, Borja, Willian, Keno e Roger Guedes não conseguem regularidade e são sempre uma incógnita. O primeiro, na verdade, tem sido uma decepção constante, especialmente pelo investimento de R$ 35 milhões feitos para que ele atuasse. Outro atleta da posição que experimentou a ira da torcida recentemente foi Deyverson.
Ao ser apontado pela TV Globo como um dos que disse não ao pedido de Cuca para bater o pênalti diante do Barcelona-EQU, ele viu suas redes sociais invadidas pelos torcedores revoltados. Até então, ele caminhava bem com dois gols em três jogos, justificando os quase R$ 20 milhões investidos.
Raphael Veiga, Hyoran, Antônio Carlos e Juninho são outros que não conseguem uma sequência que os coloque como candidatos a titulares. O quarteto é chamado pelo treinador de garotos que vão dar certo no futuro, mas ainda não mostram maturidade técnica e tática ideal para ele.
As laterais são um problema crônico e já famoso pelos problemas. Egídio, Zé Roberto, Fabiano e Mayke são os exemplos de atletas que não conseguem dar segurança ao torcedor. O primeiro, aliás, tem tudo para ser eleito o vilão da temporada.
Improvisados na função justamente pela falta de alguém que dê regularidade no setor, Michel Bastos, Tchê Tchê e Jean também não têm uma temporada inesquecível com a camisa alviverde. Os últimos dois, aliás, estão longe de repetir o ótimo desempenho na conquista do enea em 2016.
Yerri Mina é xodó dos palmeirenses, mas apresentou queda no seu desempenho nos últimos meses e ainda enfrenta problemas com lesão em sequência. Agora, ficará três meses afastado dos gramados. Seus concorrentes, Luan e Edu Dracena, também apresentam oscilações e falhas, especialmente na hora de defender contra-ataques rápidos.
Para finalizar, Cuca não vive o seu melhor momento no comando da equipe. Com dificuldades para encaixar o time no mesmo esquema tático da temporada passada, o técnico precisará se reinventar para fazer o time dar certo neste ano.
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