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Cruzeiro se livra de pagar R$ 17 milhões com saída de Ramón Ábila

Venda de Ramón Ábila faz o Cruzeiro se livrar de pagar uma bolada ao Huracán - Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro
Venda de Ramón Ábila faz o Cruzeiro se livrar de pagar uma bolada ao Huracán Imagem: Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

11/08/2017 04h00

A transferência de Ramón Ábila para o Boca Juniors, da Argentina, fez o Cruzeiro se livrar de pagar um montante avaliado em US$ 5,5 milhões (pouco mais de R$ 17 milhões na cotação atual) até dezembro.

Os mineiros deixam de pagar a dívida de US$ 1,5 milhão (quase R$ 4,7 milhões) ao Huracán, da Argentina, referente à segunda parcela da contratação do atleta. O débito estava em aberto desde 5 de dezembro de 2016.

Há outro aspecto que beneficia o clube de Belo Horizonte também. O Cruzeiro seria obrigado a desembolsar US$ 4 milhões (R$ 12,5 milhões) para adquirir 50% dos direitos do atleta até dezembro deste ano, conforme cláusula confeccionada no ato da compra do jogador de 27 anos.

Na negociação que culminou na compra do atleta pelo Boca Juniors, esta obrigação foi extinta. Desta forma, o Huracán permanece com metade dos direitos econoômicos de Ramón Ábila, enquanto o Boca Juniors detém 35% e a Raposa permanece dona de 15%.

O aspecto financeiro pesou muito na decisão da diretoria do Cruzeiro em liberar o centroavante em definitivo para o clube da Bombonera. A ideia de se livrar do atacante, porém, não levou em conta somente a questão administrativa. Há outro ponto que influenciou no fato: a predileção de Mano Menezes por jogadores de mais movimentação.

Nessa quarta-feira (9), em entrevista à ESPN, o treinador explicou a situação do jogador: "Ele não se encaixou e quis ir embora. A maneira que gostávamos de armar nossa equipe privilegiou um centroavante de outra característica. O Cruzeiro investiu bastante nele e os clubes não se permitem terem jogadores de alto investimento e sem utilização, com exceção do Palmeiras e outros times. Nós passamos esse ano com a preocupação de reduzir a folha até para que o clube possa conseguir arcar com as responsabilidades".