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"Espero que tenha uma pena pesada", diz Milton Mendes sobre Rodrigo

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/08/2017 13h44

O técnico Milton Mendes, do Vasco, ainda não esqueceu os empurrões que levou do zagueiro Rodrigo, da Ponte Preta, domingo passado. Após prestar queixa na delegacia e realizar exame de corpo de delito, o treinador agora aguarda que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva aplique uma punição grave ao jogador, que foi seu atleta em São Januário este ano.

“Todas as medidas já foram tomadas. Os jogadores já falaram o que foi sentido. Jean e Paulo Vitor são meninos. Eu fiquei sem saber o que fazer, imagina eles. Quando fui agredido, porque foi uma agressão... As pessoas precisam se apegar a isso, que fui agredido. Foi deprimente. Espero que tenha uma pena pesada, forte, ele não é merecedor de estar dentro do campo”, declarou.

Bastante magoado com Rodrigo, Milton Mendes enxerga que a carreira do zagueiro foi marcada por erros. O treinador, que já deu uma cabeçada em um auxiliar do técnico Doriva quando era comandante do Santa Cruz, admitiu que já falhou, mas aprendeu.

“Todos nós erramos. Agora errar uma carreira inteira, como é o caso dele, é impressionante. Eu já errei, espero não errar mais. Todos me conhecem como eu trato o presidente e o porteiro, com igualdade. O ser humano precisa de respeito”, disse.

Milton revelou ter sentido vergonha com o episódio e relatou uma situação que aconteceu esta semana quando passeava num shopping do Rio de Janeiro.

“Me senti envergonhado por estar ali naquele momento. A mediocridade de pensamento é grande, fiquei chocado. Naquele momento só pensei na minha família e no que poderia representar. Pensei no futebol. Fui visto como trouxa e como grande homem. Eu estava no shopping e um senhor que estava limpando me disse que ficou tocado com a minha humildade”, destacou.

Rodrigo foi enquadrado por agressão, no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e pode ser suspenso de quatro a 12 jogos. Ainda não há uma data para o julgamento.

O departamento jurídico da Ponte Preta aconselhou o zagueiro a não mais se pronunciar sobre o caso.