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Renato se diz triste com demissão de Espinosa, mas afasta crise do Grêmio

Valdir Espinosa e Renato Gaúcho foram apresentados juntos no Grêmio, ano passado - RODRIGO RODRIGUES/GREMIO FBPA
Valdir Espinosa e Renato Gaúcho foram apresentados juntos no Grêmio, ano passado Imagem: RODRIGO RODRIGUES/GREMIO FBPA

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/08/2017 12h38

Renato Gaúcho não entrou em detalhes, mas se disse triste com a demissão do coordenador técnico Valdir Espinosa. No entanto, o treinador afastou qualquer chance de crise no Grêmio e tergiversou seu conhecimento do processo de saída do profissional.

"Sem dúvida alguma, fiquei triste. Além de um grande profissional o Espinosa é meu amigo particular. Mas tem coisas no clube que não cabem ao Renato decidir. No clube há e hierarquia. Fiquei sabendo depois do treinamento do problema, que o Espinosa falou com vocês, depois ele falou comigo. Fica difícil a minha posição, falar muito. Mas no clube existe uma hierarquia. Eu sou empregado do clube como ele também era. Não cabe a mim decidir, eu apenas acato o que acontece dentro do clube", disse Renato.

Espinosa chamou a imprensa e comunicou que havia sido demitido na tarde de quinta-feira. Magoado, citou ciúmes da direção por sua posição de ídolo do clube e uma série de divergências para queda.

"Eu treinava, aconteceu, fiquei sabendo porque ele veio me dizer depois do treino. O Espinosa convivia com a gente desde o ano passado. Foram passadas algumas coisas para ele e pelo que eu soube não foi muito do agrado dele. Então ele conversou com a diretoria, e quando conversava com a diretoria eu dava o treinamento, fui pego de surpresa. Após falar com vocês, falou comigo. Fico sentido pelo Espinosa, mas é uma hierarquia, não cabe ao treinador. Poderia ser outro treinador, não cabe ao treinador", falou Renato.

A reportagem do UOL Esporte apurou, porém, que Espinosa tinha criado uma série de problemas nos bastidores do clube. Divergências, posicionamentos que arranharam a relação junto aos demais profissionais do clube, pouca participação e função na equipe. Renato Gaúcho, inclusive, já tinha questionado o trabalho dele mais de uma vez. O treinador não detalhou qualquer situação.

Renato Gaúcho fez questão, ainda, de dizer que não há qualquer indício de crise no time pela demissão de Espinosa.

"Eu queria falar para vocês que ouvi pessoas falando em crise no Grêmio. No Grêmio não tem crise. A única crise que pode entrar no Grêmio é quando o time não conquistar as vitórias. E estão acontecendo. A única coisa que pode gerar uma crise é a falta de resultado. Não a falta do Espinosa, do Renato ou outra pessoa. A crise só vai existir sem os resultados", finalizou.

O Grêmio encara o Botafogo no domingo. O jogo será prévia do duelo pelas quartas de final da Libertadores. Ambos os times jogarão com reservas no Brasileiro.