Sete motivos explicam como o Botafogo vem brilhando na temporada
O Botafogo deu mais um importante passo para fazer história na Libertadores na última quinta-feira ao eliminar o Nacional-URU e derrubar o quinto campeão da competição na atual edição. Com um dos orçamentos mais baixos dos brasileiros que disputam o torneio, o Alvinegro tem mostrado um brilho intenso na temporada.
O UOL Esporte listou sete motivos que fazem esse Botafogo viver período mais que especial. Classificado para as quartas de finais da Libertadores e semifinal da Copa do Brasil. Afinal, o que o Alvinegro faz para brilhar tanto?
Marcação forte
Não há como esconder que a forte marcação da equipe é uma de suas principais características. A entrega começa com o camisa 9 Roger, no ataque, e termina com a última linha de quatro, na defesa. Com tamanha entrega, é difícil ver o Alvinegro levar gols sob o comando de Jair Ventura.
Transição rápida e jogo de aproximação
Se sem a bola o Botafogo agrada bastante, o time precisou criar uma forma para oferecer perigo aos adversários. Na maioria dos jogos, o Alvinegro prefere jogar sem a bola e jogar de maneira reativa. Para isso, é necessária uma transição rápida assim que roubar a bola do oponente. Uma das insistências de Jair Ventura é que o detentor da bola sempre tenha uma opção fácil de passe para não perder uma oportunidade de contra-ataque.
Adaptação
Para utilizar as peças que têm à disposição e manter as características da equipe, Jair Ventura precisou fazer algumas adaptações. Rodrigo Pimpão é o maior exemplo. Sem a bola, o atacante cumpre papel de jogador de meio de campo e fecha o lado esquerdo acompanhando o lateral adversário. Roger também passou por processo de adaptação. O camisa 9 estava acostumado a receber bolas dentro na área em outros times. No Botafogo ele precisa sair da área e brigar pela primeira bola, papel esse fundamental para desafogar a equipe, que normalmente joga sem a bola.
União do grupo
A construção do grupo teve início em 2016. Embora algumas peças tenham se perdido no caminho, a base está mantida. E o caminho percorrido desde então fez com que o grupo virasse uma família. Da fuga do rebaixamento na temporada passada para as quartas de final da Libertadores. É comum declarações de jogadores dizendo jogar 110% por causa dos companheiros.
Salário e bichos em dia
O bom trabalho da diretoria fora de campo é inegável. Antes conhecido por ser um clube desorganizado, o Botafogo hoje paga salários em dia – em algumas oportunidades pagou até mesmo adiantado. Além disso, a diretoria trabalha com ‘bicho’ a cada vitória. Mais um incentivo para os atletas.
Torcida chegou junto
O momento é especial e a torcida sabe disso. E o resultado reflete diretamente nas bilheterias e no número de sócios. De 2015, quando o presidente Carlos Eduardo Pereira assumiu, até o atual momento, o Botafogo passou de 6 mil para 35 mil sócios-torcedores. Na Libertadores, o Alvinegro tem média de 34.229 mil torcedores por jogo.
Jair Ventura
Nada disso, porém, seria possível se não fosse o técnico Jair Ventura. O treinador assumiu o Botafogo há um ano, quando Ricardo Gomes decidiu treinar o São Paulo. O jovem técnico tirou o Alvinegro da luta contra o rebaixamento e o classificou para a pré-Libertadores. Passou por dois campeões da competição e, em seguida, pelo grupo da morte. Tudo por um padrão de jogo que o treinador montou e mantém até hoje. Tem o grupo na mão, jogadores que doam sangue a cada vez que entram em campo.
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