Bom, bonito, barato e...da base: Flu recria lema da década de 90
A década de 90 não deixa saudade alguma para o torcedor do Fluminense. Um título do Campeonato Carioca, dois rebaixamentos consecutivos e escassez de bons jogadores são lembranças que compõem o cenário de pesadelo para os tricolores que viveram este período.
Nesta época ficou famosa a política de contratações de reforços que se enquadravam na política do "Bom, Bonito e Barato". Salvo uma ou outra exceção, os contratados jamais conseguiram justificar o investimento feito e o rótulo de "Timinho" acompanhou o clube nestes anos difíceis.
Passadas mais de duas décadas, o Tricolor adaptou aos novos tempos o antigo slogan e adicionou um novo "B" a esta equação: base. É de lá que sai a maior parte do elenco dirigido por Abel Braga, que contava com 21 jogadores formados em Xerém à sua disposição para o jogo diante do Santos.
"Apesar de sermos uma equipe muito jovem, nossa equipe está subindo degraus e amadurecendo mais cedo que o normal. Continuamos dependendo muito das individualidades, uma jogada do Henrique Dourado, uma bola parada ou um drible do Wellington", analisou o treinador.
A colheita caseira é fruto de uma mudança de direção na mentalidade da gestão do clube, que tem privilegiado os investimentos na formação e não tanto na busca por nomes de peso no mercado. Sem o aporte milionário da antiga patrocinadora e com uma dívida na casa dos R$ 430 milhões, a alternativa é tentar ser certeiro com as poucas balas disponíveis no cartucho.
Em um ano que exige sacrifícios, o Flu fez movimentos modestos e também apostou na fórmula "BBB". Últimos contratados pelo clube, o meia Robinho, o volante Richard e o lateral-esquerdo Marlon são apostas pessoais de Abel e se encaixam neste modelo pés no chão.
Com a venda de Richarlison para o Watford [o clube embolsará cerca de R$ 23 milhões na transação], o Tricolor está perto de cumprir a previsão orçamentária de 2017. No item receitas extraordinários, que reúne ganhos oriundos de premiações, vendas de atletas e mecanismo de solidariedade, o Fluminense projetou arrecadar R$ 34,9 milhões. Ainda que o valor seja superado, a palavra de ordem nas Laranjeiras é cautela. Logo, é bom o tricolor não sonhar com gastos exorbitantes no futebol. A margem de erro é mínima, assim como o poder de fogo.
Após o empate contra o Santos, o elenco folgará nesta quarta-feira e retorna os trabalhos na quinta. O time terá um bom tempo de preparação até a partida diante do Atlético-MG, segunda, às 20h, no Maracanã.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.