Após superar um câncer, goleiro do Avaí aconselha pacientes em tratamento
Douglas, goleiro do Avaí, conhece bem o ambiente de um hospital. Quando estava com 17 anos, teve câncer nos testículos e passou por todo o processo de tratamento e os efeitos colaterais que isto acarreta - vômitos e perda de cabelos. Na semana passada, o jogador voltou a este ambiente por outro motivo, dar apoio a pacientes da ala de quimioterapia.
"Foi a primeira vez depois de 10 anos que eu consegui visitar uma ala de quimioterapia como a que eu me recuperei. Nunca tinha tido esta oportunidade até porque tem algumas restrições. É preciso conhecer alguém no hospital. Agora, como já tenho uma entrada neste hospital de tratamento, quero ir com mais frequência".
Pode ter sido a primeira vez no Centro de Pesquisas Oncológicas de Florianópolis, mas Douglas apoia doentes com câncer há muito tempo. Sempre que procurado, tem conversas individuais. Isto acontece principalmente em Candelária (RS), cidade em que nasceu e sua história é conhecida.
"Algum familiar comenta com a mãe: tal parente está passando por isso. Várias vezes tive oportunidade de falar com pessoas. A última que lembro foi uma menina. Ela passou por cirurgia, fez quimioterapia e pude, numa visita, conhecer a menina e contar um pouco do meu testemunho".
O goleiro afirma que não se sente fazendo um favor. Ele considera que seria muito individualismo se não procurasse dar esperança a pessoas que enfrentam um momento tão delicado.
“Eu falo que é uma obrigação minha. Me sinto no compromisso de passar para as pessoas aquilo que Deus fez na minha vida. Não ser egoísta de falar tô bem agora e cada um por si”.
A cabeça precisa estar boa para sarar
Douglas acredita que a missão de quem conversa com pacientes de câncer é ajudar emocionalmente. Ele ressalta que disse aos doentes e seus familiares que não basta o corpo responder ao tratamento e que o interior também precisa reagir. O goleiro contou que na visita foi apresentado por um médico e depois contou sua história.
Um ponto que enfatizou é que sonhava em ter um filho e os médicos falaram que poderia nunca acontecer por causa da cirurgia nos testículos. Douglas relatou aos pacientes como foi o sentimento quando soube que a mulher estava grávida e usa isto como exemplo para mostrar que as coisas podem mudar.
“Passei para as pessoas que parecia que um sonho tinha acabado com a doença, mas não é assim”.
A primeira visita foi feita e o jogador quer voltar mais vezes. Acredita que falando em um hospital consegue retribuir ainda mais a segunda chance que a vida lhe proporcionou. Douglas acrescenta ainda que se sentiu bem depois de falar com os pacientes de quimioterapia por duas horas e meia.
"A gente tem que consultar, tem um protocolo, datas que podem receber visitas. Não marquei dia, mas eu quero marcar mais visitas".
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