Ídolo das crianças e convocado, Muralha hoje é xingado até na Primeira Liga
Há cerca de um ano, Alex Muralha gozava da idolatria de boa parte da torcida do Flamengo e era unanimidade entre as crianças rubro-negras. A melhor fase da carreira surgiu e aparentemente estava estabilizada com a primeira convocação para a seleção brasileira. O técnico Tite chegou a dizer que o goleiro manteve o padrão por duas temporadas e era merecedor da oportunidade.
Muralha não jogou, mas esteve entre os selecionáveis em quatro jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 - Bolívia, Venezuela, Argentina e Peru. No início deste ano, o camisa 38 da Gávea foi convocado pela última vez por Tite. Era o amistoso entre Brasil e Colômbia, realizado em 25 de janeiro, no Engenhão.
Pouco tempo depois, o que o goleiro construiu caiu por terra. Se era uma referência para as crianças - até pelo exótico corte de cabelo, que foi extinto na má fase -, as atuações romperam aos poucos a ligação. O frequente assédio em aeroportos e estádios sofreu redução drástica. Muralha passou a dividir atenções com outros atletas e experimentou severa resistência das arquibancadas.A assustadora má fase fez o goleiro ser xingado in loco e nas redes sociais por um compromisso pela Primeira Liga, competição que andava esquecida do público. Muralha falhou e levou um gol do meio da rua (veja vídeo acima). O lance colocou o Paraná no jogo e levou a decisão da vaga nas semifinais para as cobranças de pênaltis. O jogador não defendeu nem uma cobrança sequer e teve a performance duramente criticada.
Os torcedores do Flamengo invadiram as redes sociais para reclamar do goleiro e iniciaram uma campanha para que o jovem Thiago seja o titular nas finais da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, dias 7 e 27 de setembro. Como Diego Alves não está inscrito na competição, o técnico Reinaldo Rueda terá de escolher entre os dois. A tendência é a de que o garoto formado na base rubro-negra seja o titular.
Sem ambiente junto aos torcedores e alvo de desconfiança pelo mau momento técnico, Muralha se vê em um cenário absolutamente desfavorável na Gávea. O panorama era impensável há um ano. Pela transição atual, imaginá-lo em fim de ciclo no Flamengo é mais possível do que novamente no gol da equipe.
Lidar com tamanha mudança na recepção dos torcedores costuma causar abalos emocionais nos atletas. Com Alex Muralha não é diferente. O Flamengo está atento para ajudá-lo, ao mesmo tempo em que precisa resolver a insegurança no gol para os dois jogos que podem “salvar” a temporada e garantir vaga na Libertadores.
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