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Justiça manda Corinthians pagar R$ 7,8 milhões à CET; clube pode recorrer

Roberto de Andrade, presidente do Corinthians - Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo
Roberto de Andrade, presidente do Corinthians Imagem: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo

Dassler Marques e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

01/09/2017 12h14

Em decisão publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 7.848.609,27 à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Trata-se de uma das diversas ações movidas pela empresa contra clubes paulistas em função de operações de trânsito realizadas desde 2005. Como a decisão é de primeira instância, o clube poderá recorrer. Ainda de acordo com a publicação, o valor deverá ser atualizado desde julho de 2016 com a incidência de juros de 1% ao mês, além de honorários advocatícios.

No caso do Corinthians especificamente, a multa é referente a jogos sediados pelo clube entre 2005 e 2016. Foi justamente há 12 anos que uma decisão da justiça abriu precedente para que a CET partisse para esse tipo de cobrança. 

“A Lei 14.072/05 autorizou a Companhia de Engenharia de Tráfego - CET a cobrar pelos custos operacionais de serviços prestados, relativos à operação do sistema viário, decorrentes da realização de eventos, inclusive seus ensaios, realizados em via aberta à circulação, ou em locais fechados cujos reflexos possam perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança”, diz o processo.

“A CET foi obrigada a elaborar esquema especial de trânsito, disponibilizando agentes para monitoramento e materiais de sinalização, entre outros. Desse modo, mais que razoável exigir do causador do serviço extraordinário a recomposição dos gastos públicos, e não da coletividade, que apenas é beneficiada indiretamente”, acrescenta ainda. 

A CET argumenta que, em 2005, a Lei Municipal nº 14.072/2005 determinou que os clubes passariam a ser responsáveis por arcar com as despesas das ações da companhia para minimizar problemas no trânsito durante as partidas.

Em contato com a reportagem, o advogado Diógenes Mello, que representa o Corinthians, disse que ainda não tinha ciência completa sobre a decisão e que forneceria esclarecimentos sobre a posição do clube mais adiante.