Suspensões, lesão e janela antecipam testes de Tite na seleção brasileira
Tite tem um dilema claro em sua cabeça – e não esconde: a menos de dez meses da Copa do Mundo, ainda se divide entre consolidar um time-base ou testar opções para o Mundial da Rússia. Inicialmente, ele foi claro e decidiu manter a equipe que venceu todos os jogos. Foi assim na vitória por 2 a 0 sobre o Equador, na última quinta-feira, na Arena do Grêmio. Os planos do treinador, no entanto, podem mudar mais cedo do que ele podia imaginar.
E por motivos alheios à vontade do técnico. No último jogo, em relação ao time-base, só Willian assumiu a vaga de Philippe Coutinho, que vivia o impasse por causa de seu futuro no futebol europeu. A janela de transferências, encerrada na última sexta (1), afetava diretamente Tite. E agora outros motivos podem forçar a segunda opção de seu dilema: ampliar os testes do grupo que se prepara para a Copa.
Primeiro, uma questão médica. Com uma concussão após pancada na cabeça, Miranda cedeu o lugar a Thiago Silva. A troca na zaga era uma das muitas imaginadas na cabeça de Tite, que não esconde internamente sua admiração pelo capitão do Paris Saint-Germain.
Na sequência, questões disciplinares. Suspenso, Marcelo dará lugar a Filipe Luís. E este aspecto pode forçar um número maior de testes nas rodadas finais das Eliminatórias. Tite tem nada menos que oito jogadores de seu grupo pendurados por cartões amarelos.
O próprio Miranda, Casemiro, Paulinho, Neymar, Gabriel Jesus, Renato Augusto, Fernandinho, Filipe Luís e Giuliano podem deixar o time em caso de nova punição. E o treinador não terá saída. Precisará variar sua formação.
“Com oito pendurados [antes do jogo contra o Equador], tínhamos 16 jogadores para poder chamar. Precisamos estar atentos, olhar, observar”, revelou Tite, mostrando que, mesmo com a base definida, as indefinições ainda são muitas.
Neste cenário, o tempo pode atrapalhar Tite. Para o jogo contra a Colômbia, nesta terça-feira, serão apenas três treinos. Na sequência das Eliminatórias, outros três dias de trabalho apenas antes do duelo contra a Bolívia, em La Paz.
“Eu gosto de usar o termo oportunidade, não teste. Teste é para quem não tem competência confirmada. Seleção o cara já vem com um carimbo de atleta. Eu queria mais tempo para oportunizar atletas. O que eu tenho é pouco tempo. Não dá para transformar coisas. Tenho que consolidar e oportunizar de forma paralela”, justificou Tite, ao comentar seu dilema.
Após os três duelos (Colômbia, Bolívia e Chile) restantes pelas Eliminatórias, o Brasil terá mais quatro amistosos antes de Tite chegar a uma conclusão sobre a lista final da Copa do Mundo. As rodadas duplas em novembro de 2017 e março de 2018 servirão como última chance para quem quiser estar na convocação para a Copa, que sai no início de maio. Antes da estreia, em junho, o time ainda terá mais dois ou três jogos para se preparar.
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