Como é a vida de um clube que não precisa vender? O Palmeiras explica
Dono dos maiores investimentos no futebol brasileiro em 2017 e com poder de compra forte, o Palmeiras encarou uma realidade diferente dos concorrentes também na venda de jogadores. O atual campeão brasileiro se deu ao luxo de passar quase ileso no mercado de transferências, muito graças ao poderio financeiro adquirido nos últimos anos e ao patrocínio "acima do mercado" da Crefisa. Mesmo sem o sucesso esportivo de Corinthians e Grêmio, o time presidido por Mauricio Galiotte sobrou nesta questão em comparação ao rival e aos gaúchos.
Dentre os titulares e peças importantes na conquista do Brasileiro do ano passado, o clube alviverde perdeu apenas Vitor Hugo para a janela de verão europeia. A Fiorentina-ITA pagou pouco mais de R$ 28 milhões para contratar o zagueiro titular da equipe no ano passado. De resto, só atletas da base como Iacovelli, Vitinho e Gabriel Barbosa saíram.
É um cenário muito diferente de Corinthians e Grêmio, por exemplo, líder e vice-líder do Campeonato Brasileiro. O arquirrival recusou quase R$ 90 milhões em propostas pelos seus destaques apostando no sucesso esportivo, mas a ausência de uma grande venda já gera reflexos nos cofres do clube. Nomes como Rodriguinho e Guilherme Arana, destaques na campanha, permaneceram no clube apesar do assédio - especialmente sobre o segundo.
Já os gaúchos, cientes da situação financeira delicada, tentaram a todo custo uma transferência lucrativa e acabaram cedendo Pedro Rocha ao Spartak Moscou por R$ 45 mi - justamente a maior venda da história do clube e responsável por superar a meta estabelecida pela diretoria para a temporada 2017. Luan, quem mais gerou interesse durante a janela - ainda mais pela recente convocação para a seleção -, recusou atuar no futebol russo e permaneceu no Rio Grande do Sul.
O Palmeiras hoje não precisa da venda de jogadores para seguir saudável financeiramente. Pelo contrário. Atualmente, é um clube sustentável, como analisam especialistas em finanças do futebol. Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva, vê o papel da Crefisa como essencial para esta "saúde" palmeirense.
"O Palmeiras não tem a necessidade de vender jogadores como outros clubes porque, aparentemente, pelos números que apresentam, tem apoios externos. Primeiro que em 2016 teve a maior venda de jogadores de sua história, com mais de R$ 80 milhões do Gabriel Jesus. Agora entra com patrocínio inflacionado, mais que outros clubes", explicou Amir Somoggi ao UOL Esporte, antes de detalhar a importância da Crefisa.
Mesmo sem o sucesso esportivo de Corinthians e Grêmio - um é líder do Brasileiro e o outro briga pelo título nacional e da Copa Libertadores -, o Palmeiras segue financeiramente "sobrando". Como mostra o Blog do Marcel Rizzo, o futebol em 2017 teve um crescimento de 23,5% entre janeiro e julho, em comparação ao mesmo período de 2016.
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