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Mistério envolve preparação de Atlético-PR e Coritiba para clássico 374

Cleber Yamaguchi/AGIF
Imagem: Cleber Yamaguchi/AGIF

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

07/09/2017 13h12

Quais as equipes de Atlético e Coritiba para o Atletiba 374, domingo, 11h? É algo que talvez nem os técnicos Fabiano Soares e Marcelo Oliveira saibam responder.

Sem jogar desde o final de semana do dia 27 de agosto (o Coxa, dia 28), a dupla Atletiba se fechou em treinamentos e os clubes só farão entrevistas coletivas na sexta (08), além de programarem um último treino para sábado. Nada de contato com imprensa ou treinos abertos para as torcidas. Nos dois CTs, o clima é de sigilo.

Pode-se dizer que a exceção é do Coritiba, que segue nesta semana uma rotina atípica de contato com a mídia. Habitualmente são duas coletivas por semana, mas o técnico Marcelo Oliveira preferiu fechar o acesso o máximo possível. O clube chegou a tentar agendar uma intertemporada em Atibaia-SP, durante a pausa para os jogos das Eliminatórias, mas teve de desmarcar por conta da lotação do hotel escolhido.

No Atlético, a rotina é a padrão. Apenas uma coletiva aberta, como já é praxe no clube. O mistério se dá por outra prática do clube: o rodízio de jogadores seguindo orientações da EXOS, empresa que faz a preparação física dos jogadores. Se alguém estiver na iminência de uma lesão, de acordo com índices biológicos aferidos na semana, está fora do jogo, não importando o adversário.

Os dois times tem coisas a esconder. O zagueiro Thiago Heleno, o lateral Jonathan e o meia Lucho Gonzalez, jogadores importantes ao longo da temporada, não vêm atuando por lesão. Os três tiveram um longo período de tratamento e agora a dúvida é pela liberação de todos. Não só isso: o ataque também é uma incógnita. Ribamar, Ederson, Pablo, Eduardo da Silva, Lucas Fernandes... no esquema com três jogadores de frente, apenas Nikão parece uma certeza. Até Sidcley entra na lista, agora que atua como meia.

Kleber Gladiador era retorno certo no Coritiba contra o Vitória. Mas, com certo mistério, acabou cortado após levar uma pancada no treino fechado da sexta 25 de agosto. Acabou machucado por um colega e não voltou após cumprir uma pena de 11 jogos. Na direita, Léo é desfalque quase certo para pegar seu ex-clube e Dodo deve aparecer, no lugar do lateral-direito que pode estar entregue ao departamento médico - a condicional é outro mistério. Na defesa, dúvida entre Wallisson Maia e Cleber Reis, recém chegado do Santos. No meio pra frente, Marcelo Oliveira pode optar por Rafael Longuine, que a despeito de perder um pênalti contra o Vitória, foi elogiado pela atuação. Ou vai com Thiago Carleto, descolocado para o meio. Um pouco mais à frente, Iago ou Tiago Real disputam posição. Dúvidas para ninguém botar defeito.

De certa forma, as dúvidas dos rivais para o último clássico de 2017 acabam deixando o torcedor mais animado; especular as equipes que entram e idealizar o 11 ideal é, afinal, uma brincadeira divertida para passar o tempo no feriadão.