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'Obrigação' por título faz Fla deixar Brasileiro de lado e focar em copas

Rueda não admite publicamente, mas Brasileiro não é mais prioridade no Flamengo - Celso Pupo/Estadão Conteúdo
Rueda não admite publicamente, mas Brasileiro não é mais prioridade no Flamengo Imagem: Celso Pupo/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/09/2017 04h00

O alto investimento feito pela diretoria fez com que o Flamengo iniciasse a temporada como um dos grandes favoritos na disputa dos títulos. O desempenho da equipe nas duas principais competições, porém, foi decepcionante e forçou mudanças. Zé Ricardo deixou o comando para Reinaldo Rueda assumir. Se Libertadores e Brasileiro fazem parte do passado, o Rubro-negro tenta salvar o ano com ao menos um título nos torneios eliminatórios que ainda disputa: Copa do Brasil e Sul-Americana.

O caminho mais curto é a Copa do Brasil, já que o Flamengo está na final. Após empatar por 1 a 1 com o Cruzeiro no Maracanã, a equipe terá de definir o título no Mineirão. A taça da competição, conquistada em 2013, é a única "de peso" na gestão Eduardo Bandeira de Mello. A diretoria vê a repetição do feito como fundamental para tranquilidade e sequência do trabalho na próxima temporada.

A Copa Sul-Americana ainda está mais distante, já que Flamengo e Chapecoense iniciarão nesta quarta-feira embate pelas oitavas de final. A competição nunca foi uma prioridade, mas agora é vista com bons olhos por todos no clube. Evidentemente não teria o peso de uma Copa do Brasil, mas comemorar um título na atual temporada é fundamental.

E é justamente por isso que o Flamengo prioriza as competições eliminatórias nesse momento. A chance de um título, o que já não acontece no Campeonato Brasileiro, em que o time está a 15 pontos do líder Corinthians, pesa no planejamento de uma diretoria que entende que uma taça pode valer mais do que apenas uma vaga para a Libertadores. 

A situação ficou clara no clássico com o Botafogo, no últio doming, quando o técnico Reinaldo Rueda decidiu poupar Diego, Willian Arão, Berrío, Everton, Vinicius Júnior e Réver. Alguns deles ainda entraram no decorrer do jogo, mas o Rubro-Negro claramente não usou sua força máxima. O treinador justificou a opção por outro lado. Disse que buscava dar ritmo de jogo a atletas importantes e que não vinham jogando.

O problema é que a falta de resultados ameaça até mesmo a vaga no G-6 – o Rubro-negro é o quinto, com 35 pontos. O time tem três frentes para se classificar para a Libertadores: ganhando um dos títulos das copas ou ficando entre os seis primeiros colocados do Brasileiro. Ficar fora da competição internacional em 2018 seria problemático para o planejamento da próxima temporada, e transformaria a temporada atual em um problema ainda maior.