Topo

Dorival tinha receio por reunião com torcida: "Definida pelo presidente"

Dorival Júnior comanda treino do São Paulo nesta sexta-feira - Ale Vianna/Eleven/Estadão Conteúdo
Dorival Júnior comanda treino do São Paulo nesta sexta-feira Imagem: Ale Vianna/Eleven/Estadão Conteúdo

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

15/09/2017 15h32

Em crise no Campeonato Brasileiro, o São Paulo ocupa a penúltima colocação depois do empate por 2 a 2 com a Ponte Preta. Com o resultado, a equipe completou 11 rodadas na zona do rebaixamento da competição.  Até mesmo pelo momento da equipe e para preservar o time, os jogadores não concederam entrevistas coletivas durante a semana. O primeiro integrante do elenco a se pronunciar foi o treinador Dorival Júnior, que falou com a imprensa nesta sexta-feira.

Por outro lado, o elenco, a comissão técnica e a diretoria receberam uma comissão de 20 integrantes das organizadas e sócios-torcedores na quarta-feira, no CT da Barra Funda. No encontro, o time foi cobrado pela má fase no torneio. Porém, os torcedores prometeram manter o apoio ao time até o risco de rebaixamento não existir mais. 

"Tem dois aspectos. Antes da reunião, eu tinha minhas preocupações. Mas foi uma situação definida pelo presidente. Todo trabalho de motivação, de busca por caminho, ali poderia ter outro enfoque. Mas não foi isso que aconteceu. A torcida do São Paulo tem sido exemplar no país, ao contrário de muitas ações que já vi na carreira, vem incentivando até o último momento, querendo deixar jogadores em ótima condição, e não foi diferente. Reunião de nível, sem agressões. Assuntos envolvidos foram importante, muito mais positivos do que negativos. Mas fica aqui dentro", disse Dorival.

" Foi um pedido das torcidas com educação, respeito. Esse é um ponto. A diretoria não deixa de fazê-lo em momento algum. Não foram só organizados. Torcedores reconheceram esforço dos atletas para mudar a situação, que não é fácil", completou Dorival.

Outro assunto discutido durante a semana foi a possibilidade de se contratar um coordenador técnico. No caso, o nome preferido pela torcida é o de Muricy Ramalho, que por ser comentarista no canal fechado SporTV não aceitou assumir tal cargo, mas ser um consultor informal.

"O que menos temos de ter é colocar as nossas questões pessoais à frente do clube. Qualquer auxilio será bem-vindo. Isso vindo do Muricy, pessoa que é meu amigo, me ligou preocupado com a repercussão que isso tinha tomado. Falou das limitações, disse que poderia vir tomar um café, dar uma palavra. Isso será mais do que bem-vindo", afirmou Dorival, que comentou também o silêncio dos jogadores nesta semana.

" Não foi nada deliberado nem preparado, mas temos de falar o mínimo possível e trabalhar o máximo. Respeitamos a necessidade de buscar notícias e matérias, inclusive passar coisas positivas para a torcida. Mas temos de focar no nosso trabalho. Só dele sairemos dessa situação."

Em busca da recuperação do São Paulo neste Brasileiro, a equipe enfrenta o Vitória neste domingo. Mesmo se o Tricolor não conseguir somar os três pontos, Dorival se mostrou tranquilo quanto ao seu cargo no clube. Durante a semana, o diretor executivo de futebol, Vinícius Pinotti, disse que o treinador será mantido à frente do time até o fim da temporada.

"Não me preocupo se agrado um ou outro. Tento buscar resultados. Se não conseguirem analisar o momento do clube, o que está passando, não me importa. Quero dar o melhor trabalho possível ao São Paulo e buscando os resultados muito mais do que esses pseudos torcedores", afirmou Dorival.