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Saída de vice pode acarretar ruptura no departamento de futebol do Cruzeiro

Bruno Vicintin deixou seu cargo no Cruzeiro. Klauss Câmara e Tinga também podem sair - Cristiane Mattos/Light Press/Cruzeiro
Bruno Vicintin deixou seu cargo no Cruzeiro. Klauss Câmara e Tinga também podem sair Imagem: Cristiane Mattos/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

05/10/2017 04h00

O Cruzeiro já tem um desfalque importante para a temporada 2018. Na última quarta-feira, o vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin, comunicou seu desligamento da função. O que começou com apenas um profissional, porém, pode se tornar um efeito dominó e ter como consequência saídas de outras peças importantes no departamento de futebol. Klauss Câmara, Tinga e até mesmo o técnico Mano passam a ter o futuro em xeque na entidade.

Embora não tenha exposto publicamente as razões que o levaram a se desligar, um dos motivos é que Bruno Vicintin se incomodou com a possibilidade real de Itair Machado se tornar um membro do departamento de futebol, modificando sua atual estrutura. Isso poderá acontecer já que o ex-mandatário do Ipatinga (campeão mineiro em 2005) é homem de confiança de Wagner Pires, eleito presidente do Cruzeiro para o triênio 2018-2020. Se for efetivado como diretor de futebol, por exemplo, a chegada de Itair poderá tirar de cena Klauss Câmara, atualmente no cargo.

Outro que pode não continuar no clube em 2018 é o gerente de futebol Tinga. Em seu primeiro ano na função, o ex-volante teve um papel importante ao estabelecer e fortalecer a ponte entre os jogadores. Contudo, Tinga também não vê com bons olhos o provável cenário e estuda deixar a equipe para participar da gestão de outros clubes. Nas categorias de base, Antônio Assunção, atual superintendente, também não tem futuro definido.

Mano também não está garantido

Apesar de sua essencial e indiscutível participação na caminhada pelo pentacampeonato da Copa do Brasil, o técnico Mano Menezes também não está garantido no Cruzeiro. Com contrato até dezembro deste ano, o comandante ainda não iniciou as conversas de renovação, apesar de ser querido por todos. Caberá a Gilvan e Wagner Pires, atual e futuro presidente, darem o primeiro passo para tentar convencê-lo a ficar, cientes da confiança que o comandante depositava no trabalho de Bruno Vicintin, responsável direto pelo seu retorno no ano passado.