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Técnico da seleção inglesa diz que país não tem craques: "Temos que provar"

O treinador Gareth Southgate, 47, da seleção inglesa  - Carl Recine - 11.out.2016/Reuters
O treinador Gareth Southgate, 47, da seleção inglesa Imagem: Carl Recine - 11.out.2016/Reuters

Do UOL, em São Paulo

07/10/2017 20h59

O treinador da Inglaterra, o ex-jogador Gareth Southgate, 47, chamou a atenção neste sábado (7) ao admitir que o país não conta com nenhuma estrela neste momento. Ele fez a declaração durante entrevista coletiva em Vilnius, na Lituânia, onde enfrenta a seleção do país, pelo Grupo F na última rodada das eliminatórias europeias.

Com a vaga da Copa do Mundo da Rússia garantida após vencerem a Eslovênia por 1 a 0 nos acréscimos na última quinta (5), os ingleses apenas cumprem tabela contra os lituanos, que já não têm mais chances de classificação, neste domingo (8).

De acordo com Southgate, os jogadores da Inglaterra precisam de mais conquistas para provar que estão entre os melhores do mundo.

“Bem, eles são grandes jogadores até vencerem?”, questionou. “Nós estamos falando sobre grandes jogadores por causa do valor das transferências deles ou porque eles estão jogando a Liga dos Campeões.”

“Mas, quando nós estamos nas semifinais, finais ou vencendo troféus, aí, então, eu acho que somos grandes jogadores. Mas, até este ponto, para mim, temos muita coisa para provar”, acrescentou o treinador.

Para o técnico inglês, exemplos de grandes jogadores são aqueles que venceram pelo menos uma Copa do Mundo, como os espanhóis Gerard Piqué, Sergio Ramos e Sergio Busquets (Alemanha-2010), e como os alemães Toni Kroos, Sami Khedira e Manuel Neuer (Brasil-2014).

O técnico disse que não fez as declarações para diminuir a qualidade de seus comandados. Lembrou que o elenco da Inglaterra é composto por muitos atletas jovens, e, por isso, fazer pressão sobre eles pode ser contraproducente.

“De todos os esportes, o futebol é o mais difícil porque os holofotes são enormes, a atenção é a mais intensa e as pessoas querem resultados imediatos. Eu entendo isso porque tenho 47 anos e já vivi bastante, mas para as crianças, que têm 19, 20 e 23 anos, não é tão fácil racionalizar isso.”

Ele acredita na evolução da equipe até o Mundial. “Nós temos de provar [que seremos grandes]. Não tem problema. Esses garotos estão sedentos para isso.”