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Como Barcelona pode ficar sem R$ 292 milhões da transferência de Neymar

Neymar é a contratação mais cara da história do futebol - Alain Jocard/AFP
Neymar é a contratação mais cara da história do futebol Imagem: Alain Jocard/AFP

Do UOL, em São Paulo

11/10/2017 11h35

O Barcelona vendeu Neymar por 222 milhões de euros (R$ 821,6 milhões), o que se transformou na transferência mais cara da história do futebol. Apesar disso, a agremiação azul-grená pode ficar sem 78 milhões de euros (R$ 292 milhões).

Em balanço divulgado nesta quarta-feira, o Barcelona já estima que dos 222 milhões de euros, apenas 198 milhões ficarão com o clube. A diretoria, porém, admite que o valor a ser deduzido ainda pode aumentar por causa do processo movido por Neymar na Justiça da Espanha. Na ação, o jogador pede 26 milhões de euros, mas o valor pode alcançar até 44 milhões de euros.

Além disso, o time pode perder ainda mais, porque, segundo informações do jornal espanhol “Sport”, parte do valor da transferência ainda vai ser abatido em dívidas antigas com Neymar e no pagamento de bônus previsto no contrato que assinou antes de deixar o Santos.

Portanto, do valor total, o clube espanhol já perderia 35% do que ganhou na transferência, caso sejam confirmadas as derrotas na Justiça espanhola e mais o pagamento das dívidas.

No mesmo balanço, o Barcelona também mostra que gastou 238 milhões de euros só com as contratações do brasileiro Paulinho, Ousmane Dembelé e Semedo. Para se ter uma ideia, o clube pagou pouco mais de 80 milhões com reforços na temporada 2016/2017.

Entenda a ação que Neymar move contra o Barça

O clube catalão cobra de volta parte da cláusula de renovação com Neymar por acreditar que foi vítima de descumprimento de contrato. Assim, o Barça requere 8,5 milhões de euros (R$ 31,9 milhões), mais 10% adicionais de juros.

Quatro dias após ser alvo da ação, Neymar apresentou à Fifa processo contra o ex-clube, exigindo a segunda parte do prêmio de renovação por seu último contrato com o Barcelona. Os catalães depositaram o valor em juízo esperando o desfecho do imbróglio. Com a falta de acordo no ato de conciliação, o atacante vai manter a ação.