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Luxa promete ficar no Sport até se equipe cair: "Pode diminuir meu salário"

O técnico Vanderlei Luxemburgo durante uma partida do Sport - Clélio Tomaz/AGIF
O técnico Vanderlei Luxemburgo durante uma partida do Sport Imagem: Clélio Tomaz/AGIF

Do UOL, em São Paulo

15/10/2017 12h33

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Sport, disse que quer continuar no clube mesmo se o time for rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Sport ocupa a 12ª posição na tabela da Série A, com apenas um ponto de vantagem em relação ao primeiro time da zona de rebaixamento, o Fluminense.

"Eu não vou mudar. Se o Sport for, por acaso, para a segunda divisão, eu não vou para o Palmeiras [ou outro time]. Pode diminuir o meu salário que eu estou dentro do projeto.", disse Luxemburgo em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da Globo.

"A minha proposta é de levar o Sport para algum lugar. O meu futuro é aquilo que eu sempre planejei. Quero ganhar e trazer o Sport para nível nacional e ficar brigando por vaga de Libertadores", afirmou o treinador, que chegou ao time pernambucano no fim de maio deste ano.

O técnico lembrou ainda sobre o desabafo que fez logo após a goleada sofrida para o Grêmio, por 5 a 0, no início de setembro. Na ocasião, Luxemburgo disse que estava "envergonhado" e cobrou atitude tanto de diretoria como de jogadores.

"Eu falei o seguinte: 'ou nós mudamos a atitude, senão não quero, e vão ficar comigo jogadores para o ano que vem que têm atitude'. Atitude é, se eu tenho capacidade para fazer 50 ações de alta intensidade, se eu não fiz aquilo, faltou atitude para mim", afirmou.

Quando perguntado pelo ex-jogador Walter Casagrande sobre estar ultrapassado, Luxemburgo disse se tratar de algo "violento" e "agressivo".

"Esqueça essa coisa de ultrapassado. Não existe nada disso. O meu conhecimento de futebol é farto, amplo. Vejo coisas que estão acontecendo no futebol nesse momento e falo: 'mas isso eu já fiz no futebol há muito tempo'. Agora inventaram nomes diferentes", afirmou o treinador, que treinou a seleção brasileira entre 1998 a 2000. Para ele, a sua passagem pelo time nacional foi boa.

"Eu saí em segundo colocado nas eliminatórias [para a Copa do Mundo de 2002]. Ganhei a Copa América. A minha saída da seleção foi em função da não convocação do Romário para a Olimpíada [de 2000, em Sydney, na Austrália]", disse.

Veja mais declarações de Luxemburgo ao programa Esporte Espetacular.

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Estudar na Europa ou ir para a praia, como Renato Gaúcho?
"Se for para lá, como foi o Mano, ficou quatro, cinco ou seis meses. Agora, vai uma semana, sai foto sua no Barcelona, no Real Madrid, modernizou em quê? Mandei os meus assistentes fazerem cursos, fazer isso, aquilo outro lá, porque não vou sair daqui para fazer o curso da CBF. Eu tenho é que ministrar curso da CBF, com todo o meu conhecimento, e não ir lá fazer o curso da CBF, com todo o respeito a quem foi".

Treinador brasileiro é bom?
"Bom, excelente".

Por que não tem espaço na América do Sul nem na Europa?
"Primeira coisa, o idioma. Outra coisa, o Brasil paga muito bem e os outros países pagam muito mal. Por que vai o argentino, o uruguaio, o colombiano? Porque vão iniciar as carreiras deles lá fora. E se nós, brasileiros, eu, Parreira, Telê Santana, pessoal que já ganhou bastante aqui, nascêssemos na Europa e iniciássemos nossas carreiras, com a competência que temos, não tenho dúvida que a gente ia fazer carreira boa lá".

Demissão no Real Madrid
"A minha saída foi intempestiva. Não foi por qualidade. Hoje eu não faria isso. O presidente desceu da tribuna e eu saí do vestiário... Nós ganhamos do Getafe por 1 a 0 em Madri e fui questionado no hall, com dirigentes ali. Houve uma desavença".