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Atlético-MG terá nova filosofia em 2018 e folha salarial será enxugada

Sérgio Sette Câmara (centro) deve ser o próximo presidente do Atlético-MG - Pedro Souza/Clube Atlético Mineiro
Sérgio Sette Câmara (centro) deve ser o próximo presidente do Atlético-MG Imagem: Pedro Souza/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

01/11/2017 04h00

A temporada 2017 não acabou, o Atlético-MG ainda tem mais sete jogos do Campeonato Brasileiro para disputar e tentar conquistar uma vaga na próxima Copa Libertadores. No entanto, fora de campo, o trabalho já é voltado para 2018. Entre as novidades para o próximo ano está a contratação de Alexandre Gallo como diretor técnico. Certamente, no entanto, a grande mudança vai ser na forma de fazer futebol.

Se durante a gestão do presidente Daniel Nepomuceno, entre 2015 e 2017, o Atlético apostou em jogadores renomados e caros, casos de Lucas Pratto, Robinho e Fred, entre outros, a partir do ano que vem uma nova filosofia vai ser implantada. É o que pretende o candidato a presidente do clube, Sérgio Sette Câmara. Como ele encabeça a chapa da situação e é grande favorito para vencer o pleito que acontecerá em 11 de dezembro, Sette Câmara já tem trabalhado na montagem do time.

Com Alexandre Gallo já está tudo acertado, dependendo apenas da confirmação do resultado da eleição para que ele seja confirmado como diretor do Atlético. Sette Câmara também tem mantido contato com outros nomes, mas evita dar detalhes. No entanto, o possível próximo presidente atleticano já manda um recado para a torcida, deixando claro que a política de reforços do clube vai mudar para 2018.

“Eu quero que a torcida tenha compreensão. Esse primeiro ano é um ano difícil. Muitas coisas vão mudar. Eu tenho uma outra filosofia. E entendo que, implantada essa filosofia, nós vamos conseguir, sim, muitos títulos, muitas vitórias, grandes conquistas, muitas alegrias”, disse Sette Câmara em entrevista à Rádio Itatiaia.

Um motivo que vai fazer o Atlético mudar a maneira de gerir o futebol é a diminuição de receitas. Como o UOL Esporte revelou nessa terça-feira, o orçamento do Galo para 2018 prevê uma redução de mais de R$ 30 milhões se comparado com orçamento de 2017. E isso vai impactar diretamente no futebol, que vai ter uma redução na folha salarial.

Pelo documento que será votado pelo Conselho Deliberativo no dia 6 de novembro, a folha salarial e os encargos vão fazer o Atlético gastar R$ 105 milhões em 2018. Para 2017, por exemplo, a projeção era de R$ 120 milhões a serem gastos com salários e os encargos. O último balanço financeiro divulgado pelo Atlético foi referente a 2016. E no ano passado o clube gastou R$ 124 milhões com a folha salarial e os respectivos encargos.