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Maurício Assumpção rompe silêncio e se defende de acusações do Botafogo

Mauricio Assumpção se defendeu pela primeira vez das acusações feitas pelo Botafogo - Vitor Silva/SSPress.
Mauricio Assumpção se defendeu pela primeira vez das acusações feitas pelo Botafogo Imagem: Vitor Silva/SSPress.

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/11/2017 15h41

Ex-presidente do Botafogo Maurício Assumpção virou alvo da atual diretoria assim que assumiu o clube, em 2014. Foi prometida uma auditoria – até hoje não realizada -, o ex-mandatário foi expulso do quadro de sócios e, recentemente, foi processado pelo Alvinegro por prejuízos causados à instituição.

Nesta quarta-feira, Assumpção decidiu romper o silêncio. Em rápido contato com a reportagem do UOL Esporte, ele fez uma declaração e se defendeu da onda de ataques que tem recebido na véspera das eleições do Botafogo, que ocorrerão em 25 de novembro.

"Essas denúncias e acusações beiram a inconsequência, o absurdo e a irresponsabilidade. São fruto de um ódio incontrolável e insano aliados à proximidade das eleições no clube. Eu quero e vou falar sobre todas as mentiras que foram disparatadamente dirigidas a minha pessoa, mas o farei no momento e fórum adequados”, disse Maurício Assumpção ao UOL Esporte.

Maurício Assumpção assumiu o Botafogo em 2009 e ficou até 2014, após ser reeleito em 2011. No período, fechou com jogadores importantes como Loco Abreu e Seedorf, mas também causou muita polêmica ao fechar acordos que supostamente prejudicaram o clube a longo prazo. Reformulou também as categorias de base, abandonada há anos, revelando jogadores como Vitinho e Dória.

Além disso, foi na sua gestão que o Botafogo viu o Nilton Santos [Engenhão] ser interditado, entre idas e voltas, por quatro anos. Isso porque a construtora do estádio, a Odebrecht, que também administrava o Maracanã, concluiu estudo alegando que o teto da casa do Alvinegro precisaria passar por reformas.

O fato ocorreu no mesmo período em que o Maracanã estava precisando fechar contratos com clubes cariocas. Em seguida, a Odebrecht realizou um empréstimo de R$ 20 milhões ao Botafogo, que jamais pagou de volta e viu o valor se transformar em R$ 35 milhões nos últimos meses.

No último ano de mandato, com o clube na Libertadores [o que não ocorria há 18 anos], Assumpção definiu o desconhecido Eduardo Húngaro para comandar a equipe e o enredo não foi dos melhores. No fim do ano, após algumas polêmicas, o Botafogo acabou rebaixado para a segunda divisão.