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Caso Victor: Galo e Grêmio chegam a acordo e encerram pendências judiciais

Victor chegou ao Atlético-MG em 2012 - Thomás Santos/AGIF
Victor chegou ao Atlético-MG em 2012 Imagem: Thomás Santos/AGIF

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

08/11/2017 17h30

Após quase cinco anos de cobranças e ações na justiça, o Atlético-MG e o Grêmio fizeram um acordo e encerram as pendências judiciais que envolviam os dois clubes, relativos à negociação que envolveu o goleiro Victor e o zagueiro Werley. Em junho de 2012 o clube mineiro comprou o arqueiro da equipe tricolor, mas não fez todo o pagamento do valor combinado. Motivo pelo qual o Grêmio acionou a equipe alvinegra na justiça. Por outro lado, o Galo questionava uma suposta dívida gaúcha referente ao empréstimo de Werley, para o Santos, na temporada 2015.

Na tarde desta quarta-feira a assessoria de imprensa atleticana divulgou uma nota, informando o acerto ocorrido entre as duas diretorias.

"O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Clube Atlético Mineiro vêm a público comunicar que, através de concessões mútuas, alcançaram um acordo para encerrar todas as pendências judiciais e arbitrais originárias de 2012 e que envolveram os direitos sobre os atletas Victor Leandro Bagy e Werley Ananias.

Com isso, os clubes agradecem os advogados dos clubes e todos que estiveram, direta e indiretamente, envolvidos em todas as etapas do complexo e vitorioso processo de negociação.

As Diretorias"

Relembre o caso

Victor trocou Porto Alegre por Belo Horizonte na metade de 2012. No negócio, o Grêmio recebeu Werley e mais um pagamento parcelado. No ano passado, a dívida ficou milionária. Neste ano, o Tricolor gaúcho entrou com pedido de execução da dívida. Depois, conseguiu penhora online das contas do Atlético-MG quando da venda de Lucas Pratto ao São Paulo.

O time paulista, contudo, fez o pagamento da primeira parcela antes de ser notificado judicialmente. Diante disso, o Grêmio pediu bloqueio das contas do Galo e levou. A Justiça também determinou que o novo pagamento da operação por Pratto fosse feito em juízo.

Paralelamente, o Grêmio também iniciou trâmite junto à CBF. Os advogados do time gaúcho pediram bloqueio de registros do Atlético-MG, conforme legislação nacional para casos de inadimplência entre clubes. O órgão da entidade máxima do futebol brasileiro pediu mais esclarecimentos e ainda não analisou a demanda.

No começo de agosto, o São Paulo depositou R$ 10 milhões em juízo, conforme determinação da Justiça, por conta do caso. O dinheiro partiu da venda de Luiz Araújo ao Lille, da França. O Tricolor paulista foi acionado por ter gerado receita ao Galo quando da transferência de Lucas Pratto.