Topo

Deyverson revela choro por pressão e detona violência em protesto

Deyverson pula nos ombros de Keno após gol do Palmeiras sobre o Flamengo - ALE CABRAL/AGIF
Deyverson pula nos ombros de Keno após gol do Palmeiras sobre o Flamengo Imagem: ALE CABRAL/AGIF

Do UOL, em São Paulo

13/11/2017 15h55

Deyverson revelou que chegou até a cair no choro por causa da pressão que tem sofrido no dia a dia do Palmeiras. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, um dia após fazer os dois gols da vitória contra o Flamengo, o atacante disse ter vivido momentos difíceis com as cobranças. 

O jogador ainda falou forte contra a violência dos torcedores no protesto do último domingo e revelou que o fotógrafo do time quase ficou cego por causa de um estilhaço.

"Se disser que não fiquei triste e até chorei... Todo homem tem seu lado frágil. Chorei. São cobranças fortes que você vê. O torcedor tem o seu direito de cobrar, falar o que quiser. Não entro em polêmica. Somos de carne e osso, temos família. O que não admito é agressão. Tenho família, eles também. Respeito cobrança, mas não toca a mão em mim. Não gostariam que tocasse a mão no filho dele. Respeito é a melhor coisa. Pode xingar, falar, vai entrar em um ouvido e sair no outro. Estamos aqui para ouvir elogios e críticas, faz parte", afirmou.

"É normal a cobrança da torcida, eu só acho que não é normal passar dos limites. Teve uma cena que chateou. Uma pedra quebrou o vidro e um pedaço do vidro bateu no Jailson, no Keno e na nutricionista. Uma que quase cegou o fotógrafo nosso. Somos seres humanos como todos. Enfim, eu acho que a cobrança da torcida é normal. Todo clube passa por isso, mas sem violência", completou.

Em momento um pouco mais íntimo e aliviado pela vitória, Deyverson aproveitou o momento até para revelar que vivia problemas no relacionamento com a sua mulher.

O atacante afirmou que os dois gols no Allianz Parque no último domingo foram ainda mais especiais justamente por ela e por outros familiares estarem nas arquibancadas do estádio. 

"Passei momentos difíceis. Tenho um ano de casado e nove anos de namoro com ela. Mas agora já está tudo bem. Antes de vir aqui, a gente conversou, relembramos os momentos bons que a gente teve. Porque no começo é tudo muito bom, mil flores e depois tudo que é bom e você conhece bem e vive as dificuldades. Nós vivemos cinco anos na Europa e minha mãe sempre falava que morar junto é diferente, não é a mesma coisa que morar na mesma rua e comer com a mãe de sábado e domingo. É diferente viver separado. Mora junto é outro patamar. A gente está bem porque nosso casamento está blindado por Deus. Briga vai acontecer, mas agora com mais experiência".