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Torcida do Fla protesta em CT e fala em "salário em dia, porrada em falta"

A torcida do Flamengo estendeu faixas na entrada do CT Ninho do Urubu - UOL
A torcida do Flamengo estendeu faixas na entrada do CT Ninho do Urubu Imagem: UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/11/2017 09h26

Alguns torcedores do Flamengo acordaram cedo nesta quarta-feira (15) - feriado da Proclamação da República - e foram para a porta do CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, protestar contra a má fase do time e os resultados modestos na temporada. As organizadas convocaram a manifestação e estenderam diversas faixas na entrada do centro de treinamento. Ovos e pipoca também terminaram arremessados para simbolizar o sentimento da torcida em relação ao elenco.

Pelo menos 100 rubro-negros estiveram presentes e pressionaram os atletas que chegavam para as atividades no local de trabalho. Foram pedidas as saídas dos jogadores Alex Muralha, Gabriel, Márcio Araújo, Rafael Vaz, Romulo, Mancuello e outros. Críticas aos dirigentes também marcaram a manifestação, principalmente ao presidente Eduardo Bandeira de Mello e aos diretores Fred Luz e Rodrigo Caetano.

A chegada do vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, foi bastante tumultuada. Alguns torcedores cercaram e chutaram o carro do dirigente, que terminou com uma lanterna quebrada. Foi o suficiente para esquentar o clima entre manifestantes e seguranças.

Algumas faixas tinham dizeres fortes: “Salário em dia, porrada em falta”, “Não nascemos em 2013, são 122 anos”, “Se damos a vida, exigimos que vocês deem o sangue”, entre outras.

Gritos de “time sem vergonha” e exigindo raça na reta final do ano foram ouvidos a todo o momento. O clube precisou reforçar a segurança e chamou viaturas da Polícia Militar para evitar maiores problemas.

Ao encerramento do treino, o técnico Reinaldo Rueda falou sobre a manifestação. Ele vive o momento mais tenso desde que veio ao Brasil para comandar o clube mais popular do país.

"Sabemos que essas cobranças acontecem pelas circunstâncias que enfrentamos. O torcedor tem todo o direito de fazer isso, mas creio que é uma situação que só pode se resolver com trabalho. Precisamos melhorar", encerrou.