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Eurico recorrerá de decisão que o destrona: "A verdade irá prevalecer"

Eurico Miranda fala em entrevista coletiva após urna 7 ser cancelada - Bruno Braz/UOL Esporte
Eurico Miranda fala em entrevista coletiva após urna 7 ser cancelada Imagem: Bruno Braz/UOL Esporte

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/11/2017 18h48

Em coletiva convocada às pressas em São Januário, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, informou que irá recorrer da decisão da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cívil, que desconsiderou a urna 7 da eleição do clube, feito que faz com que o candidato de oposição Julio Brant se torne, momentaneamente, o vencedor do pleito.

“Que fique claro que o Vasco vai recorrer e eu não tenho nenhuma dúvida que essa decisão vai ser modificada diante de tudo que foi feito”, declarou o dirigente.

Eurico Miranda se disse surpreendido com o despacho da juíza nesta quinta-feira, alegando não ter sido notificado e ter tomado conhecimento via imprensa. O dirigente também duvidou da minuciosidade da magistrada, garantindo ter cumprido todas as exigências de documentos:

"Foi tudo entregue. São mais de 2 mil documentos. Queria saber em que curto espaço de tempo foi...Trabalhar no feriado não acredito (última quarta). Quem foi examinar a documentação? Sequer foi examinada. Podia chegar a conclusão de questionar um, dois, seis, dez.... Agora, dizer que o Vasco não comprovou? O que o Vasco mais fez foi comprovar".

Diretor-jurídico do Vasco, Leonardo Rodrigues também lamentou o vazamento da decisão e informou que o clube tomará providências judiciais:

"Mais uma vez lamentamos saber de uma decisão judicial pela imprensa. Quando o processo corre em segredo de justiça. Está sendo explorado politicamente de forma indevida para se criar um contexto de instabilidade. Formulamos um pedido de instauração de inquérito para ser analisado esse vazamento. Chegam na imprensa de forma instantânea".

O advogado enxerga uma indução ao erro no caso e se mostra confiante em inverter a decisão.

"Acho que a ilustre magistrada foi induzida a erro, e acho que quando o Vasco explicar será outra decisão. O processo precisa ser conduzido sem atropelo. Não fomos intimados ainda. Entramos com 2 mil documentos, não me parece que haja tempo hábil para deliberar sobre isso. Me parece que a decisão tem um caráter abrupto, sem o Vasco ser previamente ouvido. Só a versão dos autores. Nos preocupa e será abordado no recurso que quem diz que há fraude está usando de fraude no processo. Foi um tiroteio se lançando no judiciário", declarou.

Eurico acredita que sócios foram forçados a depôr 

Eurico Miranda também comentou sobre o caso dos três sócios que depuseram na Delegacia de Repressão à Crimes de Informática (DRCI) e opinou que tais pessoas foram forçadas a registrar a ocorrência.

"Tem depoimento às 20h45, 20h15... em lugares diferentes. Evidente que essas pessoas foram mandadas para fazer esse depoimento. O que isso pode influir se foi feito na terça? Se tem um feriado no meio. Como que chegam em conjunto na véspera do feriado? Um de Magé, outro de São Gonçalo... O que eu comento é isso. Solicitaram os outros 440 que votaram?", declarou.

O dirigente não enxergou problemas no fato do diretor da base, Nilson Gonçalves, ter sido citado no depoimento como uma das pessoas que teriam aliciado sócios.

"Por que tenho que conversar com Nilson, com José...? Se foi aliciado por A, B, C... o que isso implica? Ninguém recebeu um centavo. Se teve aliciamento, eu vou logo dizendo. Se o Nilson fez, não vejo nada de irregular. Se for fazer campanha para alguém, você procura e não vai ser aliciador", disse.