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Justiça condena à prisão líderes de organizada do SP por invasão ao CT

Dia em que o CT do São Paulo foi invadido, em agosto de 2016 - UOL
Dia em que o CT do São Paulo foi invadido, em agosto de 2016 Imagem: UOL

Juca Kfouri

Do UOL, em São Paulo

16/11/2017 18h51

A Justiça condenou os líderes das duas principais organizadas do São Paulo, Independente e Dragões da Real, por conta da invasão ao CT da Barra Funda, no dia 27 de agosto de 2016. De acordo com a decisão desta quinta-feira (16), que cabe recurso,  Henrique Gomes, Ricardo Barbosa Alves Maia, Alessandro Oliveira Santana, Genildo da Silva, Allan Aquino de Souza, Bruno Silva Arcanjo, Cristovam de Almeida, Roberto Mascarenhas Rebouças, Walace Nascimento, Lucas Carvalho da Silva e André Azevedo foram considerados responsáveis por arrombar o portão do local, furtar equipamentos esportivos e agredir jogadores.

As penas variam de dois anos e quatro meses em regime aberto por violação de domicílio qualificado, ao pagamento de dez salários mínimos para instituições pública ou privada de destinação social a ser indicada pelo Juízo das Execuções Criminais e pela prestação de serviços em entidades públicas por dois anos. No entanto, todos foram absolvidos de associação criminosa. O São Paulo ainda terá direito de levantar a multa de R$ 7.320,00. 

No caso, Michel Bastos, Wesley e Carlinhos teriam sido vítimas de agressões dos invasores, de acordo com depoimentos de seguranças, dirigentes e membros da comissão técnica que trabalhavam no clube paulista ano passado. Durante o seu depoimento, a Independente negou ter forçado a entrada. Porém, de acordo com o laudo da perícia, a roda do motor do portão estão fora do padrão e a peça apresentava avarias no trinco marcas de mãos que evidenciavam o arrombamento.

Os depoimentos apresentaram contradições também, sendo que alguns integrantes confessaram ter forçado a entrada no CT, enquanto outros negaram. De acordo com a primeira decisão da Justiça, ainda apresentada no ano passado, esses torcedores ficaram proibidos de acompanhar as partidas do São Paulo no estádio por um determinado tempo. Porém, nem todos cumpriram tal pena e foram detidos provisoriamente.