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Estilo "Oswaldia e Alegria" convenceu Atlético-MG a manter o treinador

Em dois meses de Galo, estilo de Oswaldo de Oliveira agradou e ele ficará para 2018 - Bruno Cantini/Atlético-MG
Em dois meses de Galo, estilo de Oswaldo de Oliveira agradou e ele ficará para 2018 Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

25/11/2017 04h00

Oswaldo de Oliveira mudou o Atlético-MG para melhor. Do time que sofria com a ameaça de rebaixamento, hoje a equipe briga por uma vaga no G-7 para ir a uma nova Libertadores. Desde que chegou para comandar o grupo, há menos de dois meses, nenhum outro time superou o Galo em pontos alcançados no Brasileirão. Além disso, o estilo boleiro que recuperou jogadores como Robinho e Fred, apelidado de "Oswaldia e Alegria" pelos torcedores, deu a injeção de ânimo que grupo precisava e ajudou a convencer a futura diretoria que ele é o melhor nome para comandar o time em 2018. Mesmo ciente que ainda tem muito para evoluir, o treinador comemora com alto astral o bom início de trabalho em Minas.

"Eu não vou esconder que fiquei envaidecido. A melhor coisa do profissional é o reconhecimento do trabalho. A gente tem muito ainda a percorrer, mas é o caminho certo. É a maneira que aprendi a fazer. A minha intenção é jogar mais ainda para frente e buscar mais bons resultados", comentou Oswaldo, que já se reuniu com Sérgio Sette Câmara, provável futuro presidente do Galo, para iniciar os planejamentos da próxima temporada.

Desde que Oswaldo assumiu o Atlético, na 26ª rodada, nenhum outro time pontuou mais pontos que a equipe mineira. Ao lado do Bahia, o Galo é quem mais somou desde então, com 19 pontos em 33 disputados. Foram cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas. Tamanho desempenho foi essencial para a equipe colar nos principais concorrentes pelo G-7, como Botafogo e Flamengo, que marcaram apenas 12 e 14 pontos neste período, respectivamente.

"Nossa intenção é buscá-la (vaga na Libertadores) até nossa última gota de suor. Esse é o objetivo, mas sabemos também que o futebol é cíclico, os resultados às vezes não acontecem. Precisamos estar preparados para as duas coisas. Minha ambição é de classificar, se não, vamos juntar os cacos para voltar", disse.

No comando de Roger Machado, o Atlético mesclou boas e más apresentações no primeiro semestre, mas não conseguiu manter a regularidade após o título mineiro. Com Rogério Micale, o desempenho caiu mais e o treinador deixou o cargo depois de 13 jogos. Hoje, apesar de não mostrar um futebol de encher os olhos, o Galo melhorou com seu atual treinador. Outras mudanças importantes foram a diminuição do número de gols sofridos, o fim das constantes quedas dentro do Independência e o resgate de jogadores importantes.

"Quando ele chegou, disse que estava pulando de paraquedas dentro de um barco e nós decidiríamos o rumo desse barco. Se tivesse que afundar, ele afundaria junto. Mas se fosse para sair daquela situação, ele iria sair com a gente. Ele deu confiança aos jogadores, recuperou o futebol de Robinho e Fred. É um cara experiente, que tem bagagem e conseguiu passar o que queria para a gente colocar em prática nos jogos", disse o volante Elias.