Jogador ficou famoso por "dia de fúria" e entrou para a história com briga
Ele foi jogador profissional de futebol durante 16 anos, defendeu 15 times chilenos e um mexicano. Também atuou pela seleção chilena, disputando até as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998. Mas Juan “Candonga” Carreño é lembrado mesmo por um único jogo. Mais precisamente, por uma briga que ele começou e se tornou uma confusão generalizada.
O famoso episódio foi em 1998, pouco depois da Copa na França, da qual ficou fora. Carreño defendia o Huachipato, que foi visitar o Osorno. Na versão do atacante, apontado como um dos melhores do Chile nos anos 1990, os adversários o provocaram desde o início da partida.
Primeiro, segundo ele, foi o goleiro Hernán Caputto quem recusou sua ajuda para se levantar depois de uma jogada e disse: “com razão te deixaram fora da Copa”. Depois, em um escanteio, outro rival apertou seus testículos.
As imagens da partida mostram Carreño agredindo um adversário já com a bola parada, durante uma discussão com o árbitro. Esse rival passa correndo pelo atacante e leva um chute por trás, caindo em seguida.
Expulso, Carreño deixa a área e encontra logo na sequência o mesmo goleiro Caputto. “Ele cruzou todo o campo e começou a me insultar. Avisei que se ele ofendesse minha mãe de novo eu bateria nele. E foi o que aconteceu”, contou Carreño ao “The Clinic”.
O atacante acertou dois socos no goleiro e continuou andando em direção ao meio-campo acompanhado por um membro da comissão técnica. Mais à frente, outro rival se aproxima em velocidade para golpeá-lo, mas Carreño o acerta primeiro e também o leva ao nocaute. Uma grande confusão toma conta do campo.
Entre pontapés e alguns socos de raspão, o atacante ainda acerta um forte chute em outro adversário. “No fim das contas acho que derrubei quatro jogadores e aconteceu uma briga enorme. Até os socos em Caputto a culpa foi toda minha, mas quando os outros vieram correndo em minha direção tive que me defender”, argumentou.
Ex-jogador de times como Colo-Colo, Cobreloa, Cobresal e Pumas, do México, Carreño sempre teve personalidade forte. A briga, no entanto, marcou sua carreira tanto ou mais quanto os gols que fez. “Os jornalistas sempre me recordam desse episódio, então é difícil esquecer o que aconteceu”.
O atacante declarou que fez as pazes com o goleiro do Osorno num encontro casual, com direito a troca de cumprimentos. “Eu era ídolo das crianças de Huachipato, então não tenho por que sentir orgulho da briga. Sempre vivi o futebol com muita paixão. E não fui o primeiro a brigar ou a se defender num campo de futebol”, completou.
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