Camisa 10? Santos quer Robinho de meia como resposta rápida a Lucas Lima

Se voltar ao Santos em 2018, Robinho pode jogar de um jeito bem diferente das outras três passagens pela Vila Belmiro. O atacante do Atlético-MG é tratado internamente pela diretoria do clube como uma solução imediata não para o ataque, mas para resolver o que será o maior problema futuro do clube: a camisa 10.
A camisa ficará vaga devido a saída de Lucas Lima, que não permanecerá na Vila Belmiro e deve reforçar o rival Palmeiras. A investida no velho ídolo, por sua vez, foi iniciada pelo próprio presidente Modesto Roma Júnior na última sexta-feira (24), em reunião com a advogada do jogador, Marisa Alija. A ideia é suprir a carência em um setor de mercado difícil.
Internamente, o Santos acredita não ter necessidade de atacantes de lado de campo, já que conta com velocistas como Bruno Henrique, titular absoluto, além de Copete e o jovem Arthur Gomes. Para a lacuna deixada por Lucas Lima, entretanto, não há substitutos.
Robinho não é um camisa 10 de origem, longe disso. Famoso com a 7, ele praticamente só atuou como atacante durante toda a carreira, seja no Santos ou nas passagens por Espanha, Inglaterra, Itália e seleção brasileira, quase sempre aberto pelo lado esquerdo.
Desde a chegada do técnico Oswaldo de Oliveira ao Atlético-MG, no entanto, Robinho passou a jogar na faixa mais central do campo, com a função de municiar os atacantes. Curiosamente, a aposta do treinador deu novo fôlego ao jogador após um ano apagado.
Robinho deu mostras sobre a possibilidade de se fixar como meia já na última vez que pisou na Vila Belmiro, na derrota por 3 a 1 para o Santos, na Vila Belmiro, em confronto válido pela 32ª rodada, em 4 de novembro.
Na ocasião, o camisa 7 iniciou a partida atuando aberto pelos lados, mas acabou ganhando função semelhante à de Lucas Lima após o intervalo e rendeu. Além de ter participado do gol do centroavante Fred, acertou uma bola na trave do goleiro Vanderlei.
No Santos, Robinho já foi testado pontualmente na função em dois momentos: 2010 e 2015. Em 2010, na equipe dirigida pelo técnico Dorival Júnior e liderada por Neymar e Paulo Henrique Ganso, já sem a mesma velocidade, o jogador revezava a movimentação entre o meio de campo e o ataque. Em 2015, da mesma forma. Em ambos os anos, o Santos conquistou títulos.
A insistência de Modesto em Robinho tem como base a falta de opções viáveis para o setor no mercado. O meia Diego, antigo sonho santista, possui contrato e boa situação no Flamengo.
No encontro com a representante do atleta, o mandatário santista descobriu a situação atual do jogador no Atlético-MG. Modesto foi informado que o Galo ainda não fez nenhuma proposta oficial para renovar o contrato do atacante, que tem vínculo com o clube mineiro até dezembro.
Por conta disso, o presidente do Santos pretende sair na frente da concorrência e prometeu formular uma proposta oficial para os próximos dias. O dirigente santista não esconde que a contratação de Robinho é uma das prioridades e pode ajudar, inclusive, na campanha de reeleição à presidência. As eleições acontecerão no dia 9 de dezembro.
Inicialmente, o Santos pretendia fazer uma proposta de cerca de R$ 350 mil mensais de salário, além de premiações. No entanto, com a saída de Lucas Lima, o clube paulista não descarta aumentar o valor caso a concorrência do Atlético-MG seja um empecilho nas negociações.
Até agora, o Santos fechou apenas uma contratação para 2018. Trata-se do lateral esquerdo Romário, do Ceará, de 25 anos. O jogador chega para suprir a possível ausência de Zeca, que acionou o clube paulista na Justiça para pedir sua rescisão contratual alegando atrasos no pagamento de seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
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