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Oswaldo aceita desafio para 2018: montar o Atlético-MG com Robinho e Fred

Fred e Robinho juntos? Oswaldo topou desafio e quer manter dupla de veteranos - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Fred e Robinho juntos? Oswaldo topou desafio e quer manter dupla de veteranos Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

02/12/2017 04h00

Não é segredo que o Atlético-MG vai buscar rejuvenescer seu plantel a partir da temporada 2018. Porém, alguns jogadores veteranos deverão permanecer na equipe e muito provavelmente no time titular. São os casos de Fred, hoje com 34 anos, e Robinho, com 33. Ambos deixam a média de idade mais alta no setor ofensivo, mas isso não os impedirá de atuarem juntos. Pelo menos é assim que pensa Oswaldo de Oliveira, outro garantido para o ano que vem e que já faz planos para manter a dupla.

“Teremos 70 jogos no ano, eles não precisam jogar esses 70. Podemos temperar isso. Hoje, a data de validade dos jogadores subiu muito. Temos o Léo (Silva) como exemplo. O Juan está fazendo gol e jogando em grande estilo pelo Flamengo. Zé Roberto tem 43... Se observarmos, temos muitos jogadores acima de 30 anos, a média é muito maior que a de dez anos atrás. Eles se cuidam mais, os cuidados que temos nos departamentos físicos, médicos, na fisioterapia, na preparação física e na nutrição melhoram muito as condições dos atletas”, comentou recentemente o treinador.

A principal crítica em relação a Robinho e Fred quando atuam juntos dentro de campo é a capacidade para recomposição. Depois de se tornar artilheiro do Brasil em seu primeiro ano no Galo, Robinho perdeu espaço em 2017 e precisou colaborar mais defensivamente no primeiro semestre. Seu futebol só foi recuperado com Oswaldo, que optou por sacrificar Cazares, outro que também não tem características defensivas e hoje é um dos reservas.

“No primeiro ano o Robinho foi o artilheiro do Brasil, chegou à final da Copa do Brasil, foi muito bom para ele. Neste ano, a gente conversava que a gente estava querendo fazer algo que não era da nossa característica. Acho que o Robinho foi o que mais sofreu. Mas vimos o Robinho, principalmente com o Roger, voltando na nossa linha defensiva para marcar. Isso sobrecarregou muito taticamente”, comentou o companheiro Fred.

“Jogadores são diferentes uns dos outros. Cada um tem seus fatores biológicos. Temos de respeitar isso, por isso temos fisiologistas, vários médicos, fisioterapeutas, vários caras que estão observando e me passando as informações diariamente para que a gente avalie isso. O Robinho, se eu pudesse, o teria tirado aos 20 minutos do segundo tempo. Não fiz isso antes porque ele era fator decisivo contra o Vasco, Bahia e não podia tirar nesses jogos. Ele foi castigado por esse sequência de cinco jogos, só no último pude tirá-lo do campo com 20, 25 minutos”, disse Oswaldo.

Apesar da idade, os números também mostram a dependência do Atlético na dupla de veteranos. Neste ano, Robinho já atuou por 54 vezes, marcando 13 gols e oferecendo dez assistências. Artilheiro do time, Fred fez um jogo a mais, também distribuiu dez assistências e balançou as redes por 29 vezes.