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Fluminense esbarra em acerto salarial e vê Paulo Autuori distante

Autuori e Fluminense não chegaram a acordo financeiro e ficaram distante de acerto - Site oficial Atlético-PR
Autuori e Fluminense não chegaram a acordo financeiro e ficaram distante de acerto Imagem: Site oficial Atlético-PR

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/12/2017 19h52

Após demitir o gerente de futebol Alexandre Torres, o Fluminense esteve próximo de fechar com o ex-técnico Paulo Autuori para a função. As conversas avançaram até chegar no salário. Nesse ponto, não houve um acerto e o profissional ficou distante de trabalhar nas Laranjeiras.

De acordo com apuração do UOL Esporte, o Fluminense ainda não desistiu da contratação e ainda acredita que poderá chegar a um denominador comum apesar de a pedida inicial estar fora da realidade do clube.

Caso não consigo mudar a situação, o Fluminense, então, tentará novo perfil de profissional, já que não está com tanta verba para investir no cargo. Assim, um medalhão, como é o caso de Autuori, estará descartado.

Paulo Autuori pode aceitar a redução para ficar mais próximo da mãe, que tem um problema de saúde. Reservado, ele não gosta de abordar o tema.

A família de Autuori é carioca e reside no Rio de Janeiro. O ex-treinador campeão da Libertadores por Cruzeiro e São Paulo e brasileiro pelo Botafogo tem duas filhas, ambas residentes no Rio, e uma das razões de deixar Curitiba foi para ficar mais perto da família, em especial da mãe.

No Atlético, Autuori exerceu uma função diferente da tradicional de “gerente de futebol”. Ele era um coordenador geral entre as categorias de futebol do clube, da idade mais baixa da base até o profissional, implementando uma filosofia de jogo única para todas as equipes, enquanto coordenava equipes multidisciplinares – como psicólogos e preparadores físicos – afim de padronizar o trabalho.

Não era o responsável por contratações, ainda que tenha indicado várias. O Atlético tem um departamento de inteligência do futebol (o DIF) que procura e oferece nomes no mercado. Autuori participava de avaliações sobre os nomes propostos, mas não negociava com os jogadores, função mais conhecida de gerentes de futebol, como Alexandre Torres, demitido do Flu nessa semana. As exceções foram o técnico Eduardo Baptista, o meia Lucho González e o atacante Grafite, os dois últimos ex-jogadores de Autuori em outros clubes.

Além dos problemas da mãe e do desejo de ficar mais perto dela, Autuori também não concordava com a demissão de Fabiano Soares, técnico que dirigiu o Atlético por 26 jogos nesta temporada. Ele foi convidado a voltar ao cargo de treinador, mas recusou e preferiu se desligar do clube. Agora, recebeu o convite do Fluminense para trabalhar na nova função.