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Fluminense sai em defesa de funcionários detidos: "prisões arbitrárias"

Presidente Pedro Abad enfrenta crise institucional - NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.
Presidente Pedro Abad enfrenta crise institucional Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Do UOL, em São Paulo

11/12/2017 15h40

O Fluminense se posicionou na tarde desta segunda-feira (11) a respeito das prisões do assessor da presidência do clube, Artur Mahmoud, e do gerente de operações de arenas, Filipe Dias. Por meio de seu site oficial, o clube carioca publicou um comunicado respaldando a dupla e criticando a ação da Polícia Civil.

"O Fluminense Football Club afirma que confia na correção dos seus funcionários Filipe Dias, gerente de Operações de Jogos e Arenas, e Artur Mahmoud, assessor de imprensa da presidência. Eles já prestaram todos os esclarecimentos quando chamados a depor como testemunhas. O clube considera as prisões desnecessárias e arbitrárias, e reafirma que vai seguir auxiliando nas investigações da Polícia Civil e do Ministério Público", diz o texto.

Artur e Filipe foram presos pela manhã em operação da segunda fase da Operação Limpidus. A ação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e do Ministério Público com o Juizado Especial do Torcedor investiga a relação entre clubes e a distribuição de ingressos para integrantes de torcidas organizadas.

Além deles, também foi preso Leandro Schilling, funcionários da Imply, empresa responsável pelos ingressos dos jogos do Flamengo, e Alesson Galbão de Souza, presidente da torcida organizada Raça Fla. A polícia ainda pretende cumprir mandados contra dirigentes e funcionários do Vasco, assim como líderes de organizadas.

Daniela Terra, delegada da Polícia Civil responsável pelo caso, explicou à “Globo News” que a investigação vem de março de 2017. “A gente descobriu que existe um esquema muito grande de venda, de repasse de ingressos de clubes para presidentes de organizadas”, afirmou.

Ela ainda detalhou que parte destes ingressos iam parar nas mãos de cambistas. Ao longo da operação, a polícia detectou que mesmo torcidas organizadas banidas dos estádios continuavam recebendo ingressos, então repassados para revenda ilegal.

O Fluminense foi o terceiro time afetado pela operação, que já afetou Botafogo e Vasco.