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Nike e premiações por títulos evitam Corinthians de fechar 2017 no vermelho

Títulos do Brasileiro e do Paulista renderam mais de R$ 20 milhões em prêmios - WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Títulos do Brasileiro e do Paulista renderam mais de R$ 20 milhões em prêmios Imagem: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Dassler Marques e Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

14/12/2017 04h00

Os R$ 25 milhões de luvas pela renovação de contrato com a Nike até 2029, além da arrecadação de mais R$ 23 milhões por prêmios referentes aos títulos do Brasileirão e do Paulistão, evitaram que o Corinthians fechasse o exercício de 2017 no vermelho. Os números integram o orçamento consolidado pela diretoria e entregue ao Conselho Deliberativo na última terça-feira (12).

O documento ao qual a reportagem do UOL Esporte teve acesso leva em conta os primeiros nove meses do ano, além das estimativas finais para o último trimestre, e indica uma arrecadação de R$ 287 milhões contra R$ 283 milhões em despesas. Os R$ 48 milhões arrecadados de forma extraordinária, com a Nike e os títulos, permitiram um superávit de R$ 4,3 milhões nas contas de Roberto de Andrade.

Além da dificuldade em arrecadar o que foi previsto com patrocínios (ver mais abaixo), a administração do Corinthians falhou em um projeto para reduzir as despesas em 2017. A previsão orçamentária do clube para este ano era de gastos em R$ 196 milhões com salários e encargos, mas o resultado apresentou um total de R$ 236 milhões em despesas com esses itens.

A estimativa apontava para uma redução total de 17% com relação a salários e encargos, mas no futebol houve até acréscimo de valores. Sem conseguir se desfazer de uma série de atletas adquiridos em 2016, entre outros como o volante Cristian, o Corinthians incorporou mais nomes de rendimentos elevados como o volante Fellipe Bastos, o meia Jadson e o centroavante Jô. Com isso, a folha do futebol cresceu 5% em 2017.

Patrocínios ficaram quase R$ 23 mi abaixo do previsto

O Corinthians sofre as consequências de passar metade da temporada sem um patrocinador máster. A previsão do orçamento do clube também mostra que o marketing alvinegro vai arrecadar quase R$ 23 milhões a menos que a meta estabelecida para os patrocínios de uniforme em 2017.

A meta corintiana era arrecadar R$ 51 milhões. As cifras obtidas, porém, ficaram bem abaixo da meta. A pouco mais de duas semanas para o fim do ano, o clube contabiliza que a receita com patrocínios gire em torno de 28,2 milhões - ou seja, 55% do objetivo.

Mesmo com dois títulos no ano, o Corinthians ficou pouco mais de seis meses sem um patrocínio máster fixo. O acordo com a Caixa Econômica se encerrou em meados de abril. Naquela ocasião, o clube descartou um novo contrato após o banco estatal diminuir a oferta, que era de R$ 30 milhões anuais.

Até novembro, o clube conseguiu apenas anúncios pontuais no principal espaço da camisa. Na reta final do ano, a diretoria alvinegra acertou com Cia. do Terno para os últimos 12 jogos da temporada.