MP se reúne com Flamengo e abre investigação sobre barbárie no Maracanã
Flamengo e Ministério Público se reuniram no fim da tarde desta segunda-feira (18) para um debate sobre os episódios de violência protagonizados na decisão da Copa Sul-Americana, quarta-feira passada (13), no Maracanã. O clube entregou um documento com todas as informações prévias da partida contra o Independiente-ARG e se colocou à disposição para ajudar na identificação dos envolvidos.
Por sua vez, o Ministério Público abriu uma investigação para apurar o caso. Punições aos torcedores e facções organizadas não estão descartadas.
“O MP vem se estruturando para enfrentar essas mazelas. A criação do grupo de Defesa do Torcedor já é uma sinalização inequívoca disso. Daremos boa resposta, já que isso acontecido com frequência. Vamos aprofundar as investigações e divulgar os resultados em breve”, afirmou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.
“Já iniciamos as investigações para apurar os fatos e notificamos os órgãos competentes para que haja prevenção. Pode ocorrer suspensão de torcidas e prisão dos que sejam identificados”, completou a promotora de justiça e integrante do grupo de Defesa do Torcedor, Glicia Pessanha Viana Crispim.
O Flamengo foi representado no encontro pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e pelo vice jurídico Flávio Willeman. Em entrevista coletiva, o mandatário falou sobre os problemas.
“Estamos envergonhados com o que aconteceu. Ver que quase todos os vândalos, bandidos, usavam a camisa do Flamengo. Estamos profundamente consternados com isso. E os mais de 50 mil que compraram ingressos foram vítimas de bandidos. Isso nos incomoda bastante. Não sugerimos soluções no documento. Comprovamos as ações do Flamengo previamente ao jogo. Trouxemos elementos completos que provam tudo o que o fizemos para prevenir e alertar as autoridades. Tínhamos ameaças de invasão, milhares de argentinos no Rio de Janeiro sem ingresso. O Flamengo está à disposição do Ministério Público para participar de qualquer ação e tentar acabar com isso”, comentou.
Sobre a possibilidade de interdição do Maracanã, o procurador Eduardo Gussem mostrou que o caminho não deve ser seguido pelo Ministério Público.
“O que aconteceu foi um evento esporádico, uma concentração muito grande de pessoas. Mas é possível que façamos uma análise e perícia no estádio. Só que o problema não foi o estádio, o Maracanã está acima da média. As imagens falam por si. São fatos lamentáveis. O presidente Bandeira tem total consciência de que a responsabilidade antes, durante e depois dos jogos é do clube mandante”, encerrou.
28 Comentários
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...Evento esporádico? Esse cara só pode estar de brincadeira. Não é de hoje que gangs tocam o terror nos estádios e ninguem faz nada. E se a coisa for resolvida colocando de novo a mão por cima dos clubes , nada mudará , continuará tudo como Dantes no quartel de Abrantes... Tá me cheirando isso de novo!!!
Deveriam acabar de vez com essa historia de carteirinha de sócio valer para entrar em campo de futebol. Deveria essa ser válida apenas para frequentar as dependência da sede social do clube. Quanto a jogos de futebol o ingresso deveria ser vendido na porta dos estádios. Assim para um jogo às 21 horas abri-ser-ia os guichês para venda de ingresso a partir das 15 horas até as 20 horas (1 hora antes do início do jogo), com entrada imediata nos estádios para quem quisesse. Acabariam inclusive com os cambitas que tanto infernizam aos torcedores de última hora e em jogos tão badalado como foi esse contra o Independente da Argentina, uma guarnição policial com no mínimos uns 50 policiais junto a cada uma das portarias, vistoriando com detetor de metais aqueles que estivessem ingressando nos estádios.