Fla usa muito papo e salário em dia contra falta de dinheiro no mercado
O orçamento do Flamengo para 2018 prevê R$ 15 milhões destinados a contratações. Para utilizar todo o valor, o Rubro-negro também precisa fazer R$ 10 milhões em vendas de jogadores. Assim, precisará negociar nomes que não estão nos planos para investir de forma mais pesada no elenco.
Diante das limitações e de um clube que não tem tanto dinheiro em caixa para contratar, a diretoria trabalha com uma espécie de marketing boca a boca para conquistar os atletas que interessam.
Não é de hoje que o Flamengo do presidente Eduardo Bandeira de Mello é bem visto no mercado, algo dito pelos próprios empresários que atuam diariamente nas transferências. O Rubro-negro tem uma excelente estrutura para treinamentos e paga rigorosamente em dia, privilégio de poucos clubes no atual panorama do futebol brasileiro.
Como se sabe, as notícias correm entre jogadores e agentes. Atualmente, os atletas se sentem atraídos pela possibilidade de vestir a camisa rubro-negra. Isso, muitas vezes, faz com que a diretoria obtenha liberações por valores mais em conta e até de forma gratuita.
As negociações para 2018 têm sido conduzidas desta forma. O Flamengo conversa com representantes e jogadores desejados. Acerta as bases e forma uma espécie de parceria com os possíveis contratados para tentar fechar o negócio.
E, enquanto não dispõe de tanto dinheiro para investir, a metodologia será aplicada. É assim que funcionam as negociações de Zeca e Pablo. Com os atletas, conversa encaminhada. E todos ficam no aguardo dos entendimentos.
No caso do primeiro, a questão jurídica com o Santos. Sobre o zagueiro, a redução dos valores pedidos pelo Bordeaux-FRA. Fred, se fechar, virá pelo salário, ainda que consideravelmente elevado - cerca de R$ 900 mil. A negociação não andou como o esperado, mas também não foi descartada.
Enquanto tenta se reforçar no papo, o Flamengo também trabalha para transferir jogadores que estão fora dos planos. O goleiro Alex Muralha e o meia Mancuello negociam para o mercado externo. Márcio Araújo esbarrou no salário para vestir a camisa da Chapecoense. Rafael Vaz e Gabriel são outros casos importantes.
A prioridade da diretoria é vender quem não interessa. Sendo assim, utilizar o dinheiro das negociações em investimentos no elenco. Se não for possível, empréstimos serão bem-vindos. É um quebra-cabeça que o Flamengo tenta montar. Até agora, com poucas peças encaixadas.
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